O desemprego no Acre teve a segunda maior taxa desde 2012 no trimestre encerrado em setembro, afetando 57 mil de pessoas, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nessa sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O índice de 17,1% corresponde a um aumento de 2,9 pontos percentuais em relação ao 2º trimestre, quando a taxa era de 14,2%, e de 4,3 pontos percentuais frente ao mesmo intervalo no ano passado (12,8%).
Conforme o IBGE, em relação ao ranking nacional de menor desocupação, o Acre está na oitava posição. A Bahia teve a maior taxa, com 20,7% e Santa Catarina ficou com a menor, de 6,6%. Conforme mostra o gráfico abaixo:
A população ocupada recuou para 276 mil, o menor contingente da série, segundo informou o IBGE. Essa população caiu 4,8%, o que representa uma redução de 12 mil pessoas em relação ao trimestre anterior, e 10,6% (menos 33 mil) frente ao período de julho a setembro de 2019.
O nível de ocupação também foi o mais baixo desde o ano de 2012, atingindo 40,3%. De acordo com o levantamento, a taxa caiu 3,2 pontos frente ao trimestre anterior e 6,8 pontos contra o mesmo trimestre de 2019.
Outro indicador que está menor é com relação à força de trabalho – pessoas ocupadas e desocupadas -, que chegou a 332 mil de pessoas, com queda de 1,7% frente ao trimestre anterior, e de 22 mil de pessoas, em relação ao mesmo trimestre de 2019.
Já a população fora da força de trabalho atingiu o recorde da série e chegou a 352 mil pessoas, o que corresponde a 24 mil a mais em relação ao trimestre anterior.
Cenário de ocupação
Entre as 276 mil pessoas ocupadas no Acre no terceiro trimestre deste ano:
177 mil são empregados,81 mil são trabalhadores por conta própria,11 mil estão no grupo de trabalhador familiar auxiliar e8 mil são os empregadores.
A pesquisa também aponta que dos 177 mil empregados, 88 mil trabalharam no setor privado, 12 mil trabalhadores domésticos e 77 mil no setor público.
Setores
Na comparação com o trimestre terminado em junho, a população ocupada diminuiu em cinco dos 10 grupamentos de atividades analisados pela PNAD Contínua e ficou estável em cinco no terceiro trimestre.
A ocupação nos setores da agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura caiu 30,2%, com menos 11 mil pessoas empregadas. Também houve queda em serviços domésticos de 29,1%, o que representou cerca de 5 mil pessoas a menos.
No caso da indústria geral houve uma queda de 18,6%, o que representa 6 mil pessoas a menos. Já os setores de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativas tiveram uma queda de 8,4%.
O rendimento médio real habitual foi de R$ 2.023 no trimestre terminado em setembro ficou estatisticamente estável frente ao trimestre anterior que foi de R$ 2.069.