O candidato a vereador de Rio Branco pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB) Airton Gabriel Lima Verde, de 34 anos, que foi preso no último dia 2 de outubro por suspeita de estelionato, teve um pedido de liberdade negado pela 4ª Vara Criminal de Rio Branco.
Verde foi preso por agentes da 2ª Regional de Rio Branco, após dois meses de investigação da Polícia Civil. Segundo a polícia, ele é suspeito de cometer vários golpes na capital relacionados a venda e compra de imóveis e seria um dos estelionatários mais procurados no estado.
A defesa de Verde tinha pedido a revogação da prisão preventiva dele e substituição por medida cautelar. Mas, o juiz Cloves Augusto Cabral decidiu manter a prisão do suspeito para “garantia da ordem pública”. O magistrado também indeferiu pedido de gratuidade da justiça.
Ao G1, a advogada do candidato, Helane Christina, disse que já entrou com um pedido de habeas corpus na Câmara Criminal do Tribunal de Justiça e aguarda resultado. Segundo ela, Verde segue preso no Complexo Penitenciário de Rio Branco.
O delegado do caso, Jarlen Rodrigues, informou na época da prisão que várias vítimas prestaram queixa contra o candidato, mas ele mudava muito de endereço, o que dificultava a prisão.
“Fomos procurados por vítimas que nos relataram que fizeram a venda de imóveis para essa pessoa e não receberam o valor acordado e tem uma outra série de informações relacionadas a imóveis adquiridos não pagos ou vendidos, sendo que ele não era o proprietário na verdade.”
Como funcionava
O candidato agia, principalmente, por sites para identificar as vítimas. Em algumas situações, ele usou site de vendas, onde anunciava imóveis abaixo do preço de mercado, o que atraía as vítimas.
“Porém, [as vítimas] não recebiam o que era devido. Em outras vezes, ele se fazia como comprador, negociava, acordava valores, mas não efetuava o pagamento conforme o negociado com o vendedor”, explica.
O delegado afirmou nesta segunda-feira (9) que o inquérito que apura esse caso ainda não foi concluído e que a polícia segue levantando a quantia movimentada pelo candidato durante os golpes. A quantidade total de vítimas também ainda está sendo apurada.
No dia da prisão, o PSB informou à Rede Amazônica que não iria oferecer um advogado ao suspeito por não se tratar de um crime relacionado ao partido e que, por isso, não vai comentar sobre o caso.