Começará esta semana na Espanha o julgamento da mulher que é acusada de ter matado a filha de 17 meses.
Segundo o La Voz Digital, a mulher ficou grávida no Marrocos e mudou-se para Espanha no final de março de 2017 para esconder esta situação do seu pai, por razões culturais e sociais.
A mãe e os irmãos mais velhos eram quem lhe financiava a estadia na Espanha, na cidade de Málaga.
A mulher deu à luz em 4 de maio de 2017 e meses depois começou a trabalhar numa discoteca. Durante esse período ela teria deixado a criança, por dois meses seguidos, toda a noite sozinha em casa.
Há relatos que ela chegava a sair do seu turno de trabalho e ia dormir na casa de uma amiga, alegando que não queria acordar a filha.
Mas tarde, a negligência agravou-se e a mulher passou a deixar a criança durante todo o dia sozinha.
Só regressava em casa à noite para lhe dar de comer e voltava a sair para retomar a sua vida social, enquanto a criança ficava desprovida de qualquer cuidado ou afeto.
Os vizinhos contam que ouvia-se frequentemente o seu choro, o qual só acabava quando a criança se deixava vencer pelo cansaço.
Em outubro de 2018, a mãe decidiu abandonar definitivamente o apartamento, deixando a filha dormindo sobre a cama, com a porta e as janelas fechadas, e com apenas uma mamadeira e algumas bolachas.
Segundo a acusação, a mulher estava consciente de que desta forma acabaria por provocar a morte da filha, uma vez que como mãe e única responsável deixaria de prestar-lhe a atenção indispensável para a sua sobrevivência”.
A descoberta foi feita quando os seus irmãos vieram visitá-la e questionaram-na sobre o paradeiro da bebê.
Inicialmente, a acusada disse que esta estava aos cuidados de uma amiga e que já não a via há quatro dias, mas pressionada pelos familiares acabou confessando que abandonou a filha. Não há informações sobre o pai da criança.
O tribunal pede uma pena de prisão de 21 anos pelo abandono da criança, que culminou na sua morte.