Acusado de matar mulher a facadas por não aceitar fim do relacionamento pega 16 anos de prisão


A Justiça do Acre condenou Valquimar Albino Pinho, acusado de matar a ex-mulher Maria Luzemira Amorim de Araújo, de 32 anos, a 16 anos de prisão por feminicídio. O julgamento, que começou às 8h30, terminou após as 16h desta sexta-feira (6) na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.


O acusado está preso e não pode recorrer da sentença em liberdade. Ao G1, o advogado Ribamar Feitoza, que representa o réu, disse que a defesa vai avaliar se entra ou não com recurso contra a decisão.


O crime aconteceu no dia 18 de julho de 2019 no bairro Plácido de Castro, na capital acreana. Após matar a mulher com duas facadas, Pinho tentou se matar e, por isso, foi levado ao pronto-socorro ao ser preso em flagrante.


Valquimar Pinho foi denunciado pelo crime de feminicídio. O suspeito e a mulher estavam separados há dois meses e ele não se conformava com o fim do relacionamento.


Durante o julgamento, foram ouvidas duas testemunhas de defesa e cinco de acusação. A defesa de Pinho chegou a pedir que a data do julgamento fosse remarcada, mas a juíza Luana Campos indeferiu o pedido e manteve o júri para esta sexta.


Em reportagem publicada em maio deste ano, o advogado de Pinho, Ribamar Feitoza Júnior informou que o cliente confessou o crime e que se arrependeu de ter matado a ex-mulher.


“O réu será confesso, foi um momento de desatino na vida dele, provocado após ingerir muita bebida alcoólica, onde teve um desentendimento com a esposa e, através disso, cometeu esse delito. Mas, está completamente arrependido e pede perdão à família da vítima”, afirmou o advogado na época.


No dia 15 de maio, Pinho passou pela primeira audiência de instrução por videoconferência, por conta da pandemia do novo coronavírus, onde foram ouvidas testemunhas.


Não aceitou separação


Na época do crime, uma irmã da vítima, que não quis se identificar, contou ao G1 que o casal tinha dois filhos e que Pinho nunca aceitou a separação. Ela disse ainda que o homem era tranquilo, mas tinha momentos violentos.


“Ele falou que ia matar ela e disse que quando falasse ia fazer. Ele era um cara tranquilo sem a bebida, respeitava todo mundo. Nunca acompanhei se ele chegou a agredir minha irmã, mas agora ele agrediu ela e levou a morte”, disse.


A mulher levou duas facadas, segundo o relato da irmã. Os dois filhos do casal estavam na casa de uma vizinha e não presenciaram o fato.


“A vizinha correu aos gritos me chamando e, quando fui ver o que era, ela já estava caída, já sem vida, tentei colocar ela no meu colo e reanimar, mas ela não voltou”, lamentou a irmã.


Compartilhar

Facebook
Twitter
WhatsApp
LinkedIn
192882c8aaa53f9b4e234a4553bdad21

Últimas Notícias