Com o novo ensino médio em fase de implantação no Acre desde o ano de 2019, a Secretaria Estadual de Educação (SEE) criou um comitê que vai direcionar as ações da fase final de implantação do novo sistema no estado. Portaria foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), nessa quarta-feira (7).
Quando começou no ano passado, o projeto piloto envolveu dez escolas estaduais do ensino regular. Neste ano, mais quatro foram inseridas com o ensino integral. Em 2021 que também vai ser o ano de formação dos professores, devem ser incluídas mais cinco escolas vocacionadas no piloto.
Em 2022, o estado vai estar preparado para receber essas alterações que devem ocorrer, como a carga horária que vai aumentar de 920 horas anuais para mil horas anuais e três mil em todo ensino médio.
A diretora de ensino da SEE, Denise dos Santos, explicou que a criação do comitê tem como objetivo essa reformulação que agora caminha para a fase de conclusão nos preparativos.
“Estamos trabalhando na reformulação do novo ensino médio e tem etapas que vêm sendo executadas ao longo do processo e estamos agora na fase final, e, esse comitê foi criado porque as ações que vão ser executadas agora envolvem setores da secretaria de educação que vão além da equipe pedagógica”, explicou.
Denise disse que as ações vão ser voltadas para a gestão, ordenamento de rede, infraestrutura, logística de transporte e merenda.
“Então, a função desse comitê é um trabalho intersetorial para alinhamento e tomada de decisões porque nós estamos agora entregando o documento no conselho estadual de educação, o documento que foi escrito teve consulta pública, a colaboração dos professores da rede”, acrescentou.
Conteúdo
A reforma flexibiliza o conteúdo que será ensinado aos alunos, muda a distribuição do conteúdo das 13 disciplinas tradicionais ao longo dos três anos do ciclo. Na parte diversificada existem os itinerários informativos que inclui ciências humanas, linguagem e tecnologia, matemática, ciências da natureza ou técnico.
“Tem uma inovação também que é o quinto eixo, referente à educação técnica e profissional que, a partir da mudança, também vai ser competência da educação básica, ou seja, das secretarias estaduais de educação, que pode ser ofertada pela própria rede, ou através de parceria”, contou.
Aulas suspensas
As aulas presenciais nas redes pública e privada estão suspensas desde o dia 17 de março, na semana em que o Acre confirmou os três primeiros casos de Covid-19. Desde então, os alunos têm acesso ao conteúdo escolar pela internet por videoaula, pelo rádio com audioaula, pela televisão e também pelo material impresso adquirido nas escolas.
Inicialmente, a SEE planejava retomar as aulas presenciais em setembro e estender o calendário até fevereiro de 2021. Para isso, a gestão divulgou enquetes para ouvir os professores, alunos e pais e responsáveis sobre o possível retorno.
Mas, em agosto, a secretaria decidiu adiar para o ano que vem a volta das aulas presencias no estado.