Também conhecida como Gastroplastia, a cirurgia bariátrica atua no aparelho digestivo
A busca por cirurgia bariátrica tem crescido muito nos últimos anos. De acordo com dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Bariátrica (SBCBM), o total de cirurgias para redução do estômago no Brasil aumentou 84,73% ao passar de 34.629 em 2011 para 63.969 em 2018.
Também conhecida como Gastroplastia, a cirurgia bariátrica vai muito além de uma questão estética, mas está diretamente ligada ao bem estar e à restauração da vida de pessoas que se encontram obesas e não conseguem emagrecer. Segundo o cirurgião Evandro Reis, certificado pela SBCBM, “a cirurgia bariátrica é uma área de atuação dentro do aparelho digestivo”.
A cirurgia bariátrica depende de muitos profissionais envolvidos na mesa de cirurgia. Além disso, o procedimento é complexo, dura cerca de 2 horas e meia e é feito por meio de uma câmera de alta resolução, com cortes mínimos. Além disso, exige-se um acompanhamento psicológico durante todo o período preparatório e após. Portanto, não é qualquer pessoa que pode recorrer à Gastroplastia e há uma lista de critérios para identificar os elegíveis, veja:
● Ser obeso há mais de cinco anos;
● Ter comprovado ineficácia do tratamento clínico para obesidade por dois anos;
● Apresentar diagnóstico/histórico de diabetes mellitus do tipo 2 há cinco anos;
● Receber laudos médicos positivos de cardiologista, endocrinologista, nutricionista e psiquiatra;
● Ter idade mínima de 30 anos;
● Apresentar hemoglobina glicada acima de 8%, ainda que em tratamento regular orientado por endocrinologista;
● Apresentar índice de massa Corporal (IMC) acima de 40 pontos, ou de 35 a 40 em caso de comorbidade associada.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cirurgia bariátrica é indicada especialmente para pacientes com obesidade grau 2 que apresentem complicações como apneia do sono, hipertensão arterial, diabetes e problemas articulares.
O grande objetivo da cirurgia é reduzir a quantidade de alimento ingerido e sua absorção, através da diminuição do tamanho do estômago. Com a absorção reduzida, o paciente submetido à bariátrica deve realizar suplementação vitamínica por toda a vida. O sucesso a longo prazo depende da adaptação à nova realidade, com uma alimentação adequada e a prática de atividades físicas.
