O policial federal Marcos Roberto Ugeda foi condenado a mais de três anos pelos crimes de assédio sexual e injúria contra uma outra agente de polícia federal. Os crimes ocorreram em 2018, quando o acusado era chefe de missão no posto de fronteira do município de Assis Brasil, no interior do Acre.
Conforme o Ministério Público Federal (MPF), o policial usou sua condição de chefia, na época, para fazer três investidas contra a colega de trabalho. Em uma das vezes, ele chegou a tocar o corpo da mulher com objetivo de obter vantagem sexual. O PF ainda teria injuriado a agente durante uma reunião no posto de fronteira onde prestavam serviço.
Ao G1, a Polícia Federal informou que não se pronuncia sobre decisão judicial e afirmou que o agente está na ativa em Rio Branco. De acordo com a PF, ele ainda tentou transferência para outro estado, mas, por conta desse processo, não conseguiu. Por ser do grupo de risco para a Covid-19, o agente não tem atuado nos últimos meses.
A reportagem não conseguiu contato com o policial ou com a defesa dele até última atualização desta matéria.
A defesa do policial, ainda segundo informações do MPF, tentou desqualificar a vítima dizendo que ela tinha comportamento “instável e difícil” e que as denúncias seriam uma armação para que ela fosse transferida para outro estado.
Para a Justiça, os argumentos da defesa não contribuíram com o réu, uma vez que o suposto comportamento da vítima não apagaria as provas e depoimentos apresentados no processo.
Os três anos e quatro meses de condenação devem ser cumpridos com a prestação de serviços à comunidade por 7 horas semanais durante os 40 meses da sentença. Além disso, o policial deve pagar o valor de R$ 200 pelo mesmo período para uma entidade beneficente indicada pelo juiz.