Pela segunda vez em uma eleição, 28 eleitores vão poder votar fazendo uso do nome social, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esta é a segunda eleição que acontece no país após a Justiça Eleitoral autorizar a inclusão de nome social no cadastro do eleitor.
Em 2018, o estado teve 14 pessoas que fizeram o uso do nome social. Já este ano, o número saltou para 28, um aumento de 100%.
Ao todo, o Acre tem 561.261 eleitores aptos a votar. Destes, 546.564 têm biometria e 14.697 não. Porém, por conta da pandemia de Covid-19, este ano não haverá identificação biométrica.
Desde 2018, o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) garante a transexuais e transgêneros o direito de mudarem o nome no registro civil sem a necessidade de cirurgia de mudança de sexo. Com a decisão, a alteração pode ser feita por meio de decisão judicial ou diretamente no cartório.
Em todo o país, 9.985 eleitores devem usar o nome social. Para o presidente do Conselho Estadual de Combate à Discriminação LGBT do Acre, Germano Marino, o uso do nome social é um passo importante no que tange o direito da comunidade LGBT.
“É um importante passo para o reconhecimento da dignidade da pessoa humana, principalmente para mulheres trans, que sejam travestis e mulheres transgêneros, e homens trans. Essas pessoas estão sendo realmente reconhecidas e conhecidas de fato e de direito pela Justiça brasileira”, destacou.
Ele lembrou também que o nome social é um direito resguardado para todas as pessoas.
“É um importante passo no reconhecimento para estabelecer que as pessoas e instituições respeitem o uso do nome de acordo com o gênero”, pontuou.
Mulheres são maioria
Nas eleições de 2020, as mulheres são maioria, com 290.030 – ou seja, 51,7% do eleitorado. Já os homens são 48,3% do total, com 271.229. A maioria dos eleitores tem entre 25 a 29 anos. São 69.693 dos eleitores nesta faixa etária.
Outro dado é que mais de 67% dos eleitores (377.105) são solteiros. Além disso, 130.081,23%, possuem ensino médio completo. O estado tem ainda 50.977 eleitores analfabetos e 59.251 que sabem apenas ler e escrever.