Músico Raimundo do Cavaco e Ronilton da Silva Queiroz foram mortos em maio de 2019 em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal
Dois homens suspeitos de matar o músico e fundador do Senadinho, Raimundo Nonato da Conceição, conhecido como Raimundo do Cavaco, de 54 anos, em maio do ano passado sentam no banco dos réus nesta terça-feira (6). O júri popular começou às 8h30 na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar.
O músico foi morto no dia 26 de maio de 2019 quando saiu de casa para comprar um churrasco e os suspeitos chegaram para executar Ronilton da Silva Queiroz, de 35 anos, que também foi morto na ação. Segundo as investigações, o músico foi usado como “escudo”.
Entre os réus estão Adão Oliveira dos Santos e Jamesson Oliveira de Souza. Eles respondem por homicídio com duas qualificadoras: motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima também por furto.
O advogado da dupla, Hugo Conde informou que nenhum dos dois acusados confessaram participação no crime. Segundo ele, inicialmente foi nomeado para fazer a defesa dos dois réus, mas como Adão Santos disse que ouviu falar que Jamessom Souza teria participado do crime, existe a possibilidade de precisar de um segundo advogado, já que pode haver uma “colisão” de informações.
Além dos dois réus, quatro testemunhas devem ser ouvidas durante o julgamento.
A esposa do músico, Neuza Oliveira, disse que acabou se mudando do estado do Acre e que não sabia que estava marcado o julgamento. Ela pediu que seja feia justiça. “Espero que eles peguem a pena máxima, esse é o mínimo que pode acontecer”, disse.
Na época do crime, o delegado Cristiano Bastos, que comandou as investigações do caso, disse que as informações preliminares apontavam que Ronilton Queiroz teria feito Raimundo do Cavaco de escudo.
Adão Oliveira dos Santos foi preso em 1º de agosto do ano passado. O último suspeito do crime foi preso em fevereiro desse ano.