O laudo cadavérico emitido pelo Instituto Médico Legal (IML) nesta semana do detento Maílton Teixeira, mais conhecido como Maicon, que seria uma liderança da organização Bonde dos 13 em Rio Banco, aponta que ele morreu engasgado. Maílton estava em uma das celas do Complexo Penitenciário Francisco de Oliveira Conde quando faleceu, no dia 11 de setembro.
O laudo, assinado pelo Perito Médico Legista, Paulo Jesus César, confirma a versão contada pelos detentos de que Maicon morreu engasgado. No laudo, o profissional médico relata: “foi vítima de asfixia por bronco-aspiração de restos alimentares, resultado do retorno do conteúdo presente no estômago (refluxo gastroesofágico) que levou secreção à árvore respiratória (traqueia, brônquios e bronquíolos), ocasionando tamponamentos dos alvéolos pulmonares (asfixia) que levou a óbito o referido periciado”.
Com o resultado do laudo em mãos, Tales Tranin, afirma que vai encaminhar o caso para a Promotoria de Controle Externo da Atividade Policial, que vai investigar se houve ou não omissão de socorro. “De posse do laudo, vou encaminhar a promotoria que tem a prerrogativa de investigar a atividade policial e vai dizer se houve omissão de socorro, para que sejam tomadas as medidas cabíveis”.
Familiares do detento chegaram a fazer manifestação em frente à sede do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), afirmando que a demora no atendimento foi decisivo para que o detento chegasse ao óbito. O promotor da Vara de Execuções Penais e Fiscalização de Presídios, Tales Tranin, recebeu uma carta de detentos que estavam juntos com Maicon, que fizeram o mesmo relato.