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Enquanto desmatamento cresce, Fundo Amazônia está com R$ 2,9 bilhões parados desde 2019


Ex-presidente do Ibama e analista de políticas públicas do Observatório do Clima, Suely Araújo afirmou em audiência pública convocada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nesta segunda-feira (26), que o Fundo Amazônia está com cerca de R$ 2,9 bilhões parados e sem atividades desde 2019.


Segundo o jornal O Globo, Araújo também destacou na audiência que, desde então, o desmatamento na Amazônia cresceu 34%, tanto em 2019 quanto em 2020. Os índices foram confirmados pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe).


O Fundo Amazônia foi criado em 2008 para financiar projetos de diminuição do desmatamento no bioma. Em abril de 2019, no entanto, o governo Bolsonaro extinguiu os colegiados que formavam sua base: Comitê Orientador (Cofa) e Comitê Técnico (CTFA).


De acordo com Suely, tais medidas afetaram os compromissos estabelecidos com os governos da Alemanha e Noruega, que são doadores do fundo. Os dois países discordam das políticas do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que chegou a cogitar a transferência de recursos para indenização a proprietários de terra.


“Enquanto a sociedade pressiona o governo a desempenhar seu papel constitucional de proteção ambiental, o Planalto cruza os braços e deixa parados bilhões de reais que poderiam ser usados para combater o desmatamento e as queimadas”, comentou o secretário-executivo do Observatório do Clima, Márcio Atrini.


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