Arte do grafite põe DF na rota do turismo criativo

Brasília, que antes era reconhecida pela arquitetura de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, hoje ganha destaque também pela arte de grafiteiros. Imagem: Crédito: Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

Brasília é a única cidade construída no Século XX classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, no mundo inteiro. Por ser uma cidade planejada estruturalmente, possui belos prédios e construções, além da arte estar presente em diversos lugares – sendo reconhecida como um museu a céu aberto.


Esse reconhecimento deu espaço para além do planejamento e da arquitetura de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, possibilitando que a arte do grafite ganhasse destaque em várias regiões do Distrito Federal. Entre 2019 e este ano, o Instituto No Setor e a Universidade de Brasília (UnB) criaram o projeto SCS Tour, transformando o Setor Comercial Sul (SCS) em uma rota turística.


O SCS Tour, um passeio realizado a pé pelo setor, foi realizado no final do ano passado durante o Encontro de Grafite 2019, em parceria com o Governo do Distrito Federal. Cerca de 60 artistas foram selecionados por meio do edital da Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), criado com o objetivo de pintar o Beco do Rato e as quadras 5 e 6 do SCS.


Além desse movimento, o DF possui um decreto de valorização ao grafite, que visa criar políticas públicas para o segmento. “Esse instrumento fomenta a possibilidade concreta de termos um mapa da arte urbana, como se nos tornássemos uma galeria a céu aberto. Isso é fantástico porque o grafite expõe nos muros a alma de suas cidades, valoriza a identidade e democratiza ainda mais o acesso aos bens culturais e à produção artística”, afirma Érica Lewis, subsecretária de Cultura e Economia Criativa.


Incentivo ao turismo local


Como essa iniciativa do SCS Tour proporciona experiências diferentes para os grafiteiros, moradores e visitantes, o projeto foi escolhido para fazer parte da Rede Nacional de Turismo Criativo (Recria).


Com a rota do turismo criativo, a economia local tende a se expandir – seja pela busca por passagem para Brasília ou diretamente nos comércios próximos – tendo em vista que o Setor Comercial Sul já tem atraído artistas e visitantes por causa do grafite.


A tendência, pós-pandemia, é de que a região receba mais turistas de outros estados, vindos de São Paulo, Belo Horizonte ou Rio de Janeiro para Brasília, por exemplo, encantados pela nova atração turística. “Temos um fluxo de turistas muito grande e, por meio do grafite, é possível contar histórias. As pessoas estão buscando cada vez mais esse tipo de experiência, que é uma tendência no mundo inteiro”, detalha Vanessa Mendonça, secretária de Turismo do Distrito Federal.


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