O suspeito de matar os irmãos Keliton e Elias dos Santos, de 19 e 24 anos, em dezembro do ano passado, vai a júri popular. Wesley Firmo Barreto foi pronunciado pela juíza Luana Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri. A data do julgamento ainda não foi marcada.
Conforme a sentença de pronúncia, o réu foi denunciado pelos crimes de duplo homicídio, tentativa de homicídio contra uma grávida, por provocar aborto e por integrar organização criminosa. A juíza negou o direito de Barreto recorrer ou aguardar o julgamento em liberdade.
O G1 tentou contato com o advogado André Kuibida Okamura, da defesa de Barreto, mas não obteve resposta até última atualização desta reportagem.
Os irmãos Elias dos Santos e Keliton dos Santos, que eram monitorados por tornozeleira eletrônica, foram mortos no dia 30 de dezembro de 2019 dentro de casa no bairro Boa Vista. A polícia informou na época que três pessoas armadas entraram na casa e mataram os dois.
A jovem Rayla da Silva Monteiro, com 19 anos na época, estava grávida de oito meses e também foi ferida e levada ao pronto-socorro da cidade. A equipe médica fez o parto dela e a polícia chegou a informar que ela e o bebê passavam bem. Mas, na decisão de pronúncia o réu foi denunciado também por provocar o aborto sem consentimento da mãe.
Na decisão de pronúncia, a juíza informou que o réu praticou o duplo homicídio por ordem de uma facção criminosa e que atuou com comparsas que não foram identificados.
Barreto foi preso em fevereiro deste ano no bairro Boa Vista, em Rio Branco. Além do duplo homicídio e da tentativa contra a grávida, o rapaz é investigado também pela morte de Ediberto de Melo Souza, de 38 anos, no mesmo dia do homicídio dos irmãos, e de Gilson Vieira de Souza Júnior, de 22 anos.
Gilson Júnior foi achado morto com as mãos e os pés amarrados em uma rua do bairro Sobral, em fevereiro de 2019. O corpo foi jogado no meio da rua com cerca de 13 perfurações nas costas.