A candidata da Johnson e Johnson à vacina contra a covid-19 apresentou resultados promissores, que indicam efiácia para combater e impedir a infecção provocada pelo novo coronavírus em humanos. As informações do estudo clínico foram divulgadas neste sábado (26) na plataforma científica medRxiv.
A pesquisa, feita pela farmacêutica subsidiária Janssen, mostra que uma única dose da vacina é capaz de induzir a uma resposta de anticorpos neutralizantes forte “em quase todos os participantes com 18 anos ou mais”. A vacina, inclusive, foi bem tolerada e não provocou reações adversas graves.
Ainda de acordo com o estudo, as respostas imunes foram semelhantes em todos os grupos etários estudados, incluindo os adultos com mais idade.
Para quem tem mais de 65 anos, também houve resposta satisfatória, embora, segundo a farmacêutica, os dados levem em conta a saúde de 15 participantes do estudo.
Nesta fase, a pesquisa clínica mira estudar a segurança e potencial de produzir anticorpos da vacina, com testes em doses única e dupla.
A dose única se mostrou suficiente uma vez que 99% dos participantes, entre 18 e 55 anos, desenvolveram anticorpos. Além disso, 98% de todas as pessoas que participaram do teste apresentaram anticorpos neutralizantes contra o vírus que provoca a covid no 29º dia pós-vacinação.
De acordo com a farmacêutica, os dados divulgados hoje comprovam resultados obtidos em estudos pré-clínicos, publicados pela revista Nature, que indicaram que uma dose funcionou e permitiu uma proteção completa aos pulmões de primatas não humanos (NHPs, na sigla em inglês).
Efeitos colaterais
As informações preliminares da vacina indicam que a maior parte das reações adversas foi de moderada e ocorreram no dia da vacinação, com sintomas geralmente resolvidos no mesmo dia ou no dia seguinte.
Porém, a Johnson frisou que dois eventos adversos graves foram reportados, o primeiro por hipotensão que o investigador determinou não estar relacionado à vacina, e o segundo de um participante com febre que foi hospitalizado devido à suspeita de ter COVID-19, mas que se recuperou dentro de 12 horas.
Não houve registro de um evento adverso que colocasse qualquer participante em risco de morrer.
Também não houve suspensão do estudo em nenhum momento em decorrência de efeitos adversos acusados pelos participantes.
A vacina em estudo é http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrada por via intramuscular em esquemas de dose única ou duas doses, com oito semanas de intervalo entre elas, em adultos saudáveis de 18 a 55 anos, e maiores de 65 anos. O estudo está em andamento em vários centros de pesquisa na Bélgica e nos Estados Unidos.