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Uninorte ignora lei federal e estaria dificultando colação de grau de estudantes da área de saúde


Os acadêmicos dos cursos da área de saúde estão revoltados com a Reitoria do Centro Universitário Uninorte, de Rio Branco, que estaria dificultando a colação de grau antecipada dos estudantes. A medida de antecipação é permitida por lei federal sancionada por conta da pandemia da Covid-19.


A situação é tão grave, que os acadêmicos alegam ter ficado sem resposta da instituição após os pedidos. Apesar de a instituição ter pedido um prazo de 15 dias, já estão há quase 30 dias sem sequer uma posição paliativa da Reitoria da instituição de ensino superior. Eles prometem radicalizar caso não sejam atendidos.


“A coordenação do curso em reunião com a turma nos disse que a Instituição iria acatar a lei e nos formar. Então foi pedido para que os alunos fizessem uma solicitação a coordenação do curso por meio do portal do , e que nos deu um prazo de 15 dias para avaliar a situação de cada aluno, porém o prazo acabou e estamos sem nenhuma resposta”, diz uma das acadêmicas.


Prejudicada com a situação, a jovem estudante alega que apesar de tentar, não consegue uma resposta da Reitoria do centro universitário, nem mesmo da coordenação do curso, de que estão, teoricamente, mais próximos. “Tentamos contato e somos ignorados, falta de consideração total com os alunos. Infelizmente as coisas só funcionam com ‘pressão’, quando sai alguma coisa na mídia”, acredita.


Em nota curta, a Uninorte ignorou os pedidos dos acadêmicos, e disse que não funciona na pressão, destacando que publicações na mídia ou nas redes sociais, por exemplo, não são capazes de fazer, por si só, a instituição mudar de ideia sobre as colações de grau. Destacou que se reunir para “discutir temas relevantes faz parte do cotidiano da instituição”, comenta a nota.


“Todas as medidas provisórias e resoluções que foram publicadas no período da pandemia foram discutidas em reuniões com o Conselho Universitário. Ainda sobre o assunto em questão, a comunidade acadêmica está ciente de que a MP nº 934 seria discutida em reunião ordinária, então não é novidade para o corpo discente e nem será promovida por causa de postagens feitas em redes sociais”, destacou a Uninorte.


Ainda segundo a estudante, que teme represálias por parte do centro universitário, alguns estudantes já perderam emprego e estão sem dinheiro para custear o aluguel, já que abriram mão das rendas que tinham para retornarem à cidade-natal de onde saíram em busca da graduação na capital Rio Branco.


“Desde então, no compasso dessa espera muitos alunos já perderam oportunidades de emprego, e até concurso público. A situação é muito complicada, tem muitos colegas que são de outros municípios e moram de aluguel em Rio Branco e não têm mais como pagar aluguel. Não estamos pedindo nada impossível, estamos lutando por algo que é nosso por direito” completa.


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