A Prefeitura de Rio Branco instalou uma unidade de acolhimento para imigrantes na modalidade de casa de passagem. O serviço começou a funcionar já nesta quarta-feira, 2. Representantes da Defensorias Públicas da União e do Estado, Diocese de Rio Branco, através da Cáritas, das equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (Sasdh), Secretaria Municipal de Educação (Seme), Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e outros órgãos ligados à questao estiveram no local.
A casa de passagem está instalada, provisoriamente, na escola Willy das Neves, no bairro Cidade Nova, oferecendo estada, alimentação e serviços básicos de assistência social para migrantes. Já nesta manhã, a casa recebeu os primeiros 51 migrantes, a maioria de nacionalidade venezuelana, que ficarão no local até que os trâmites para ingresso no País sejam concluídos.
A acolhida de imigrantes, na verdade, é responsabilidade do Governo Federal, mas, em virtude da falta de atuação nessa área, no Acre, a Prefeitura tomou a iniciativa na defesa da dignidade e da solidariedade humana.
Em uma postagem feita no seu perfil nas redes sociais, a prefeita Socorro Neri considerou essa uma importante ação, acrescentando que o “momento é de grande dificuldade, mas não se pode deixar de prestar assistência humanitária”.
A iniciativa da prefeitura comprova a importância da casa de passagem, especialmente no Acre que, já há alguns anos, se tornou rota de entrada de imigrantes de diversas nacionalidades. O maior fluxo migratório até aqui foi de haitianos, que passaram pelo Estado, como ponto de entrada no Brasil, fluxo que teve início no ano de 2010, como consequência do grande terremoto naquele país nessa época, que provocou o êxodo para fugir da fome e falta de condições de sobrevivência para seus cidadãos.
“Havia uma demanda para a implantação do acolhimento provisório para essas pessoas e famílias que vêm nesse fluxo migratório”, explicou Regiani Cristina De Oliveira, da Sasdh. “A Prefeitura já vinha com essas tratativas e foi autorizada a implantação dessa casa de passagem e acolhimento”, acrescentou. “O atendimento a essas pessoas vai ser integral, com psicólogos, atendimento social, com educadores sociais, atendimento médico, entre outros”, completou.