Quatro prefeitos e um ex-deputado condenado por outros crimes e que cumpria prisão domiciliar foram presos hoje em Rondônia. A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral de Justiça de Rondônia deflagraram nesta sexta, 25, a Operação Reciclagem apuraram supostos crimes contra a Administração Pública. Segundo a corporação, os políticos foram filmados recebendo ‘centenas de milhares de reais sendo distribuídos em dinheiro vivo’. Somente na casa do prefeito de Rolim de Moura, Luiz Ademir Schock, foram apreendidos cerca de R$ 5 milhões em dinheiro em espécie e bens, como joias. Os demais alvos da Reciclagem são Marcito Aparecido Pinto (Ji-Paraná), Glaucione Rodrigues (Cacoal), Gislaine Clemente (São Francisco do Guaporé) e Daniel Neri (ex-deputado). R$ 5 milhões.
O ex-deputado Daniel Neri é esposo da prefeita de Cacoal, Glaucione Rodrigues, também presa, já havia sido condenado a mais de quinze ( 15 ) anos de cadeia por desvio de 630.399,05 mil da Assembleia Legislativa de Rondônia. Ele estava cumprindo pena em prisão domiciliar por causa desse desvio, tendo sido preso na Operação Dominó da Polícia Federal. Embora condenado em prisão domiciliar ele continuava exercendo forte influência na http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistração do município em que sua esposa era prefeita. Agora os dois caíram na operação desencadeada hoje.
Segundo a Polícia Federal, a investigação teve início em dezembro de 2019 e contou a colaboração de empresário que, recebendo exigência para recebimento de dívidas pela prestação de serviços ao poder público, resolveu contatar as autoridades para denunciar os ilícitos. Os mandados de prisão preventiva foram expedidos pelo Tribunal de Justiça de Rondônia, que ainda determinou o afastamento dos gestores de suas funções públicas. Além disso, foi decretado o bloqueio de mais de R$ 1,5 milhões dos investigados. Cerca de 70 agentes cumpriram ainda 12 de mandados de busca e apreensão em Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e São Francisco do Guaporé. De acordo com a PF, o nome da operação ‘reciclagem’, faz referência ao ramo de atividades da empresa envolvida no caso e origem dos recursos ilícitos.