“Quem quiser me apoiar saiba que não pagarei por votos e nem prometerei cargos ou o que nunca poderei cumprir, senão já começarei errado” diz a jornalista Rose Lima, candidata à vereadora de Rio Branco pelo PSDB.
A paraense que já reside no Acre há mais de dez anos e sempre atuou dentro do jornalismo é conhecida, não apenas pela população, mas principalmente pelos colegas de profissão, como uma profissional independente, crítica e que não tem medo de falar a verdade.
Com fama de brava, Rose Lima quase sempre atuou em duas áreas, a policial e a delicada área de denúncias, sendo bastante procurada por moradores insatisfeitos e até por servidores públicos inconformados e cansados dos desmandos dos patrões com altos cargos, sejam eletivos ou de indicações políticas.
De personalidade forte e opinião formada, foi demitida de duas grandes empresas de comunicação, por não abrir mão de sua liberdade e não concordar com as mentiras e manipulações dos seus chefes. “O fato de eu ser funcionária, ou seja, um produto da TV, não me obriga a fazer o que é errado para agradar fulano e beltrano que tem acordo com meu patrão, tenho princípios e não abro mão deles, ainda que me custe o olho da rua. Eu sei me virar e nunca tive medo e nem preguiça de trabalhar”, diz a candidata.
Questionada sobre sua candidatura, quando em várias lives durante seu programa de rádio na Ecoacre FM, ela dizia que não seria candidata, pois a política era suja, Rose Lima esclareceu que apesar de não ser o grande sonho da sua vida, pois nunca quis e nem pretende viver de política, mas que foi um comentário de um amigo que lhe fez mudar de opinião.
“Conversando sobre política e eu sempre dura, um grande amigo me disse: “minha querida, não tens o direito de cobrar, pois você é covarde. Quando os bons se omitem na política, os maus governam. Encare e faça diferente”, disse meu amigo. Na hora fiquei extremamente irritada, mas analisei com carinho e vi que ele tinha razão. Foi quando recebi o convite da Deputada Federal Mara Rocha, por quem nutro muita admiração e carinho e nos acréscimos da prorrogação, eu aceitei”, esclareceu Rose Lima.
Sempre com postagens críticas sobre corrupção e gasto do dinheiro público dissoluta e ilicitamente, Rose Lima tem apoiadores, mas também muito inimigos nas redes sociais.
“Eu já disse que não tenho preço. Dizem que todo homem tem seu preço, vai por isso nasci mulher’’, declarou a candidata em meio a sorrisos.
Sobre suas propostas, Rose Lima disse que o maior erro da maioria dos candidatos é prometer o que não é de sua alçada, só para ludibriar o povo. Segundo ela, muitos candidatos sequer sabem quais são as principais atribuições de um vereador e por isso saem prometendo mundos e fundos que jamais cumprirão.
“Meu principal objetivo é fiscalizar a prefeitura. Um vereador tem que ter acesso a projetos, planilhas e contratos, só assim ele vai ter ciência do quê e como estão sendo feitos os trabalhos na prefeitura municipal. Um bom trabalho neste sentido, já inibe muitos desvios e desperdício da verba pública, fazendo com que a verba seja realmente aplicada de forma correta e nas áreas certas”, explica Rose Lima, que continua dizendo, “existem dezenas de projetos, ou seja, Leis que já estão aprovadas e que não são colocadas em prática pelo poder público. Quero fazer uma revisão geral do que tem, do que funciona e do que não funciona dentro do Parlamento Mirim, só assim vamos conseguir ver realmente o que podemos fazer para melhorar a vida da população e a partir daí dar os encaminhamentos corretos nas principais áreas que são saúde, educação, saneamento básico, oportunidade de emprego e esporte para os jovens, além de muitas outras coisas que são necessárias”.
Rose Lima é casada, tem duas filhas, uma neta e um enteado. Filha única de pai militar da reserva e mãe técnica de enfermagem, vem de família de agricultores no Estado do Pará e leva uma vida simples. Atualmente afastada de suas atribuições jornalísticas da ABCTV, afiliada a Rede TV no Acre, por conta do período eleitoral, a candidata e sua família são conhecidos por fazer muito trabalho social e trabalhar com dependentes químicos e famílias carentes.
“Não gosto de falar o que faço e nem pra quem eu faço. Isso é coisa do meu Deus comigo e nada tem a ver com a política. Aliás, se todos fizessem um pouco de trabalho social, muitos não precisariam mendigar dos políticos, mas eu creio que isso pode e vai melhorar”.