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Iraniano preso pela PF no Acre era procurado nos EUA por liderar organização que atua com tráfico de pessoas


Um dos iranianos presos na Operação Chacal, deflagrada pela Polícia Federal do Acre, no último dia 5, na cidade de Epitaciolândia, no Acre, era procurado nos Estados Unidos (EUA) por liderar uma organização criminosa que atua com o tráfico de pessoas.


Reza Sahami tem dupla nacionalidade – do Canadá e do Irã – e está preso em Rio Branco, capital do Acre, por crime de promoção de migração ilegal e falsificação de documento. Além dele, foi presa uma iraniana que estava com passaporte falso do Canadá e responde por uso de documento falso.


Segundo o governo americano, Sahami atua no contrabando de pessoas nas fronteiras internacionais há mais de 10 anos. A prisão dele foi um trabalho de investigação e parceria de agentes Especiais com Investigação de Segurança Interna (HSI) do Serviço de Imigração e Alfândega dos Estados (ICE) no Brasil, HSI de Lima, Escritório Central Nacional da Interpol no Brasil e a polícia brasileira.


A prisão de Sahami foi feita após seis iranianos serem presos no último dia 30 de agosto tentando entrar no Brasil usando o Acre como rota. O grupo foi flagrado pela polícia com passaportes falsos.


O Ministério Público Federal (MPF) informou, na quinta (10), que o grupo deve voltar ao país de origem, Irã, em 15 dias. O órgão propôs um acordo de não persecução penal. Assim, os iranianos podem retornar ao país de origem sem punição. O acordo já foi homologado pela Justiça Federal, segundo o MPF.


Ao G1, Polícia Federal no Acre (PF-AC) explicou que o acordo beneficia apenas a família e o jovem que acompanhava o grupo. Sahami e a iraniana, presos na Operação Chacal, não estão incluídos.


O MPF ressaltou que a investigação contra os coiotes ainda está em andamento e eles seguem presos preventivamente.


Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão no sábado (5), em Epitaciolândia — Foto: Divulgação/Polícia Federal

Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão e de prisão no sábado (5), em Epitaciolândia — Foto: Divulgação/Polícia Federal


Passaportes falsos

 


O grupo de seis iranianos foi preso no dia 30 de agosto, após uma denúncia de que os estrangeiros entrariam no estado. Uma barreira foi montada pela Polícia Federal no posto de Assis Brasil, na fronteira com o Peru.


Os estrangeiros estavam em três táxis. Na abordagem, eles apresentaram passaportes como se fossem dois canadenses, cinco israelenses e um dinamarquês, segundo informou a Polícia Federal (PF). Entre os imigrantes estava uma criança com menos de dez anos.


Dos presos, dois são homens e quatro mulheres. Cinco iranianos supostamente fazem parte de uma mesma família e entre eles estava a criança que foi levada para um abrigo após o Conselho Tutelar ser acionado.


Uma consulta à Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) confirmou que os cinco passaportes israelenses, o dinamarquês e um dos canadenses estavam na lista de alerta de documentos roubados ou perdidos e foram adulterados para serem usados pelos estrangeiros. Apenas um dos imigrantes estava regular e tinha dupla nacionalidade, iraniana e canadense.


Grupo de imigrantes foi flagrado com passaportes falsos tentando entrar no Acre — Foto: Ascom/Polícia Federal no Acre

Grupo de imigrantes foi flagrado com passaportes falsos tentando entrar no Acre — Foto: Ascom/Polícia Federal no Acre


Presos na Operação Chacal

 


A Operação Chacal recebeu esse nome em referência ao contrabandista de pessoas que é conhecido como ‘coiote’, animal chamado de chacal americano.


Os dois presos na ação seriam integrantes de uma organização criminosa internacional que falsifica documentos e promove a entrada ilegal de estrangeiros no Brasil e em outros países.


Os dois estrangeiros atuavam no contrabando de pessoas no Brasil, usando como porta de entrada a cidade acreana de Assis Brasil, na fronteira com o Peru. A polícia disse que há tempos eles promoviam a entrada ilegal de iranianos nos EUA e Canadá.


A PF-AC apreendeu um celular, um notebook, chips telefônicos de países diferentes, cartões de crédito em nome de diversas pessoas e documentos.


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