Família faz exame de DNA para saber se ossada achada em chácara é de jovem desaparecido há quase 1 mês


A família de Miquéias de Souza Silva, de 17 anos, fez um exame de DNA para saber se a ossada achada nos fundos de uma chácara no bairro Apolônio Sales, em Rio Branco, no último dia (9), é do rapaz. Os familiares foram até o Instituto Médico Legal (IML) após saberem que o cadáver foi encontrado próximo do bairro onde Silva mora, no bairro Chico Mendes.


Silva sumiu no último dia 30 quando saiu para dormir na casa de uma vizinha. A família afirma que o adolescente saiu com um cobertor e uma panela com comida para dormir na casa da vizinha, que é amiga da família. Silva não tem telefone, mas, no dia do sumiço, falou que ia sair após receber uma ligação.


Os familiares espalharam cartazes com a foto do rapaz pela cidade e registraram um boletim de ocorrência Delegacia de Polícia Civil da 5ª Regional.


“Dia 30 faz um mês e não temos nada de notícias. Não fomos chamados ainda na delegacia. A gente foi no IML, mas não deixaram ver. O corpo que acharam pegou fogo e estava só os ossos e pediram o teste de DNA, só que vai demorar para chegar”, explicou a irmã do rapaz, Marina da Silva Souza.


Marina contou que quem fez o exame foi a mãe dela. Agora a família aguarda o resultado para saber se o corpo é mesmo de Silva. “Queremos uma resposta para saber se ele está vivo, se está morto. Até agora não recebemos nenhuma informação”, lamentou.


Investigações


Ao G1, o delegado responsável pelo caso, Nilton Boscaro, falou que já foram feitas algumas oitivas e as equipes da 5ª Regional estão em contato com o pessoal da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para a troca de informações investigativas sobre pessoas suspeitas da região onde Silva sumiu.


“Geralmente, quem atua com essas organizações criminosas tem a relação e temos essa troca de informação entre as delegacias. Também estamos em contato com o IML por conta do corpo achado, já foi colhido material genético da mãe do Miquéias para fazer o confronto com o corpo achado no ramal. Estamos aguardando o resultado da perícia para confirmar se é ou não o corpo do Miquéias”, destacou.


Boscaro falou ainda que o resultado do exame de DNA deve sair em até 30 dias. A polícia confirmou também que o adolescente era usuário de drogas e tinha amizades próximas com pessoas de facção. Contudo, não está comprovado se o Silva fazia parte de alguma facção.


“Não sabemos se estava devendo alguma coisa, se pertence a facção, os familiares dizem que não sabiam se pertencia. Há chances de ser o corpo de Miquéias ou não, mas, independente disso, nós da 5ª Regional, ficamos só em caso de desaparecimento. Se for homicídio, é transferido para a DHPP”, pontuou Boscaro.


O delegado acrescentou que intimou algumas pessoas para depor sobre o caso na próxima semana. “São conhecidos deles, vamos ver se conseguimos avançar melhor na próxima semana com relação aos depoimentos e aguardar o resultado da perícia. Ele não tem celular, segundo a mãe falou, para a gente tentar rastrear, não tem cartão de crédito e estamos acompanhando as redes sociais”, concluiu.


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