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De SP, “justiceira” do PCC decretou e acompanhou execução de jovem no Acre

Késia Nascimento (Foto: Reprodução/TV Record)

O programa Domingo Espetacular, da Rede Record, mostrou detalhes de como o tribunal do crime realizou o “julgamento” da jovem Késia Nascimento da Silva, de 20 anos, que foi assassinada no início deste ano em Rio Branco.


Duas mulheres, conhecidas como “justiceiras”, comandavam um desses tribunais do crime, pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC). Eram elas: Rita Rocha do Nascimento, 40 anos, conhecida como Brenda, e Vera Lúcia Marques, 52 anos, considerada a “grande justiceira”.


“Todo julgamento, até mesmo fora do Brasil, passava pelo crivo delas, e toda atitude demandava da autorização delas”, disse o delegado Marcos Antônio Manfrim, do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) de São Paulo.


As duas “justiceiras” estavam em São Paulo, mas a distância não impediu que o julgamento de Késia, no Acre, fosse realizado. Por ligação, Brenda deu todos os comandos que os integrantes da facção teriam que realizar. A polícia conseguiu captar a chamada telefônica.


Brenda (Foto: Reprodução/TV Record)

“Vamos lá, mana. Excluir a irmã e decretar a irmã e botar pra viajar, fazendo o favor”, disse Brenda a uma pessoa chamada “Daniele Daleste”, que, segundo o delegado Martin Hessel, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Acre, seria uma das mulheres que buscaram Késia e levaram a jovem para o julgamento no dia 28 de janeiro.


As criminosas ainda levaram Késia a uma lanchonete de familiares dela, na Estrada da Floresta, onde a jovem deixou o filho pequeno com uma prima. Depois, Késia foi levada a um local chamado “cantoneira”, às margens do Rio Acre, onde ocorreu a execução.


Segundo a polícia, Késia foi vista com membros de uma facção rival ao PCC e o ato foi considerado pela organização criminosa como traição. “Ela tá sendo excluída por traição. De bate-pronto já é decreto”, disse Brenda, que acompanha o crime por ligação.


No momento da execução, Késia suplica “por favor, por favor, não faz isso”, mas Brenda ordena: “Deixa ela gritar, não. Tampa a boca dela para ela não gritar”. Por último, Brenda manda os comparsas do Acre arrancarem o pescoço da jovem e pede uma foto.


Ouça as gravações:



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