Um estudo liderado pelos pesquisadores Dráulio Araújo e Fernanda Pallhano, do Instituto do Cérebro (ICe), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, comprova que o uso da ayahuasca oferece melhoras significativas aos pacientes com depressão resistente a medicamentos.
De acordo com Draúlio Araújo, “embora seja um dado preliminar, além de não aumentar o risco de suicídio, o uso da ayahuasca oferece melhoras significativas aos pacientes estudados. Nenhum deles piorou dos sintomas de depressão ou do nível de suicidalidade”.
O jornal Folha de S. Paulo elencou o uso da ayahuasca pelos indígenas da etnia Yawanawá no Acre como uma das cinco terapias psicodélicas em estudo.
Os pesquisadores aplicaram o mesmo questionário um dia antes do tratamento, e o repetiram um dia, dois dias e sete dias depois para comparar os dados. O estudo aproveitou ainda para realizar exames, antes e depois, a fim de entender qual a origem da depressão.
De acordo com o estudo, foi possível observar uma modulação significativa no cortisol dos pacientes em estudo. Antes do uso da ayahuasca, o nível de cortisol era considerado baixo e voltou a ter um valor semelhante ao de voluntários saudáveis após a ingestão do chá. O mesmo foi observado em relação ao Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF).
“Essas duas mudanças que encontramos são mudanças que se esperam observar após o tratamento com antidepressivo”, completa o pesquisador.