Boi gordo tem alta de 11,5% no Acre e mais três estados do Norte neste início de setembro


A cotação do boi gordo subiu consideravelmente neste início de setembro. O Acre aparece com um incremento médio de 11,5%. Além deste, mais três estados da Região Norte também apresentam alta, onde em praticamente todas as praças as cotações subiram. Em agosto, também acumularam uma subida de mais de 11% considerando as praças de Rondônia, Tocantins e Pará.


No mercado que dita o preço do boi gordo, São Paulo, a cotação para o mercado interno chegou em R$242,00 a arroba, preço bruto e a prazo. Descontando a alíquota do Senar a cotação é de R$241,50 por arroba e livre de Funrural e livre do Senar a cotação é de R$238,50/@. Alta diária de 0,85% ou R$2,00/@. Com esse ajuste, o ágio para o mercado chinês praticamente não existe.


O Acre tem sentido as consequência da lei da oferta e demanda em relação ao mercado do boi gordo. Frigoríficos anunciaram semanas atrás que terão de repassar o aumento do produto às casas de carne e supermercados. Com isso, o preço da carne ao consumidor final deve ficar ainda mais elevado. Especialistas afirmam que valor está em alta nos bezerros e há escassez de boi gordo.


O presidente da Federação da Agricultura do Acre, Assuero Doca Veronez, confirma que o preço do boi gordo vem aumentando no Brasil todo. “Não é um fenômeno acreano”, diz ele. “Essa situação é nacional. O que está havendo é uma escassez de boi, devido a muitos abates de vacas anos atrás, que, consequentemente, nasceram menos bezerros. Está havendo falta de boi no Brasil todo”.


Além disso, outro ponto apresentado para o aumento expressivo no valor final da carne ao consumidor, é o aumento do consumo, especialmente da exportação. A China é o fator preponderante nessa situação, responsável pelo aumento exorbitante na exportação de carne brasileira e outros produtos. O Acre ainda tem a arroba do boi mais barata do Brasil.


O cenário é de, na pior das hipóteses, manutenção de preços firmes para a arroba do boi gordo. A cotação subiu em 15 das 32 praças pecuárias monitoradas pela Scot Consultoria. O quadro é de escalas curtas e pouca disponibilidade de boiadas.


Em agosto foram exportadas 163,2 mil toneladas de carne bovina in natura, aumento de 20,8% na comparação com o mesmo mês de 2019. O faturamento foi de US$654,24 milhões, incremento de 16%, na mesma comparação (Secex).


O volume exportado foi recorde para agosto e é o segundo maior volume já embarcado, atrás apenas do de julho último (-3,6%), que contou com dois dias a mais de exportações.


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