Após 23 dias em greve, servidores dos Correios fazem ato em frente ao Palácio Rio Branco


Em greve desde o dia 17 de agosto, os servidores da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos fazem ato, na manhã desta quarta-feira (9), em frente ao Palácio Rio Branco e, além de protestar com um caixão para sepultar a privatização, cartazes e uma camisa da empresa gigante, eles também fazem uma campanha de coleta de alimentos.


Os servidores estão há 23 dias com as atividades paradas na capital acreana, Rio Branco, e nos municípios de Cruzeiro de Cruzeiro do Sul, Brasileia, Senador Guiomard, Sena Madureira e Assis Brasil.


A greve dos servidores é contra a privatização da empresa e pela defesa de garantias trabalhistas. A presidente do Sindicato dos Correios e Telégrafos do Acre (Sintec-AC), Suzy Cristiny, explicou que no ano passado eles conseguiram uma sentença normativa do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e essa sentença foi proferida com uma validade de dois anos, o que corresponderia a um acordo coletivo. Mas, no dia 1º de agosto, a empresa teria retirado esses direitos faltando ainda um ano da validade.


Suzy informou ainda que a expectativa é de que na próxima sexta-feira (11) ocorra uma audiência de conciliação mediada pelo TST.


“O que tem previsto é para sexta, ma reunião no TST de conciliação. A gente está torcendo que resolva. Não é nem por aumento, nós estávamos fazendo um levantamento e por baixo o que eles estão retirando é 40% da nossa renda de impacto, então, é complicado”, disse.


O G1 entrou em contato com a empresa e a assessoria de comunicação informou que deve emitir uma nota e será enviada assim que possível.


Suzy disse ainda que o grupo também tem se mobilizado para fazer ações solidárias. “Nós estamos em um momento difícil, mas, estamos nos mobilizando para ajudar as pessoas, nós já tivemos a doação de sangue na semana passada. É importante fazer as atividades solidárias.”


Greve


Em greve por tempo indeterminado desde a noite do último da 17, os servidores já fizeram uma carreata pelo Centro de Rio Branco para pedir melhorias de trabalho. Além disso, eles fizeram uma manifestação em frente da agência do Centro da capital e chegaram a fechar a unidade na semana passada.


A presidente do sindicato disse que são pelo menos 79 garantias trabalhistas que envolvem desde os 30% para os carteiros, ticket alimentação, plano de saúde que, no início era gratuito porque constava no edital, hoje a categoria paga 50%.


Em nota, divulgada na última semana, os Correios afirmaram que pediram o dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para negociar o acordo coletivo de trabalho 2020/2021.


A empresa afirmou no início da greve que nenhum direito dos trabalhadores foi retirado, mas alguns que extrapolavam a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foram readequados.


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