Em entrevista concedida ao ac24horas, o delegado Frederico Tostes, titular da Delegacia de Flagrantes (Defla) e responsável pelo inquérito policial do menino de 5 anos Cristopher Leão Arsênio, morto na madrugada dessa quinta-feira, 13, com uma facada no pescoço, falou a respeito do crime cometido por Cristiano Lima Arsênio, o próprio pai da criança. De acordo com o delegado, em depoimento, Cristiano alegou estar em abstinência de droga e que sofreu uma grande pressão psicológica vinda do “demônio”.
“O Cristiano relatou que sempre teve problemas com droga e, inclusive, há três semanas, estava na abstinência, sem usar droga, indo para igreja, ajudando nos serviços do ministério”. O acusado alegou ao delegado que no momento do crime sofreu uma pressão psicológica muito grande “de algo como se fosse o demônio incentivando-o a cometer o crime. Cristiano foi à cozinha, tomou posse de uma faca e cortou o pescoço da criança”, relatou Frederico.
O delegado disse ainda à reportagem que Cristiano não demonstrou arrependimento pelo que fez com o filho. “Durante o depoimento, isso já com suas emoções normais, ao perguntar se ele [Cristiano] tinha se arrependido, ele simplesmente disse que isso não tinha nada a ver, ou seja, não demonstrou arrependimento. A pessoa pode alegar problema psicológico, abstinência, por estar há muito tempo sem usar droga, mas Cristiano não demostrou arrependimento, se demonstrou extremamente frio”.
Por fim, o delegado Frederico Tostes afirmou que a mãe de Cristopher disse em depoimento que Cristiano sempre foi um bom pai, que nunca agrediu a criança e sempre foi amoroso com os filhos e a companheira. “Ou seja, atitude essa não condizente com o crime”, concluiu o delegado.
Cristiano responderá pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe, será encaminhado para a penitenciária Francisco de Oliveira Conde e ficará à disposição da justiça.