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Quase 2 meses após ter pescoço cortado por linha de cerol, técnica de enfermagem fala de trauma para andar de moto


Após pouco mais de um mês do acidente envolvendo uma linha de cerol que causou um corte profundo no pescoço, a técnica de enfermagem Deisis Furtado, de 29 anos, ainda sofre com o trauma do incidente e tem medo de pilotar a moto.


O acidente com Deisis ocorreu quando ela voltava para casa após encerrar mais um plantão, no bairro Sobral, em Rio Branco, no dia 12 de julho.


Já são quase dois meses do ocorrido, mas ela conta que agora apesar da paramentação na moto, ela também cobre o pescoço para se proteger.


“Fiquei com trauma. A primeira vez que fui andar de moto de novo, fui na garupa com meu marido que veio me buscar no trabalho e quando foi chegando perto de casa, vi uma pipa e cheguei em casa morrendo de chorar toda, trêmula”, contou sobre o medo.


Para proteger o pescoço, ela usa uma atadura sempre que precisa sair de casa. “Até hoje, quando saio do trabalho, a primeira coisa que eu faço é envolver meu pescoço em uma atadura. A minha moto já tem uma antena, mas, na minha mente a antena não vai resolver”, relatou em entrevista à Rede Amazônica Acre.


Multa para quem vende cerol


A Prefeitura de Rio Branco sancionou a Lei Nº 2.359/2020, que proíbe a venda de cerol e da linha chilena, utilizados para soltar pipas, sob o pagamento de multa de R$ 2 mil e apreensão do material. A sanção foi divulgada no Diário Oficial do Acre (DOE) na sexta-feira, dia 31 de julho, após o registro de vários acidentes.


Além do trauma que tenta superar, a técnica de enfermagem faz um apelo a quem faz o uso do material que é proibido por lei.


“As pessoas podem continuar suas brincadeiras, né. Tem gente que gosta mesmo. Mas, que não seja em via pública, que seja num local que não vai passar ninguém, que não vai machucar, nem tirar a vida de alguém porque não é brincadeira, mata e isso dói, dói muito só Deus sabe a dor que eu senti e ainda sinto”, ressaltou.


Uma lei federal já proíbe a venda, mas a lei municipal é mais específica e quem infringir a determinação vai ter a mercadoria apreendida e ser multado.


“A fiscalização dessa nova legislação referente à proibição da comercialização do cerol e linha chilena, vai ser feita depois que nós realizarmos todo um planejamento, primeiro um estudo da legislação. Além disso, nós precisamos também adequar nossas peças fiscais, pra essa nova legislação”, informou a diretora de fiscalização da Seinfra, Debora Braidi.


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