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Peru registra 135 mil denúncias de violência doméstica neste ano

Mulher e filho acolhidos em abrigo após sofrerem violência doméstica, em Lima
Sergi Rugrand/ EFE/ 09.05.2020

 


O vice-ministro de Segurança Pública do Ministério do Interior do Peru, Raúl Savitzky Mendoza, disse que entre janeiro e agosto deste ano, foram recebidas 134.980 denúncias de violência doméstica. Destas, 78.432 correspondem à violência contra mulheres adultas (85%), e 12.403 contra homens (15%).


Da mesma forma, outro grupo que mais sofre violência é o de adolescentes do sexo feminino, com 3.192 casos de violência, seguidos de 902 e 891 casos de violência contra adolescentes e crianças, respectivamente.


A informação foi publicada durante a sessão da Comissão da Mulher e Família, presidida pela deputada Carolina Lizárraga (Partido Morado), onde explicou os mecanismos para garantir a continuidade dos serviços prestados pelo Polícia Nacional do Peru no contexto da pandemia, período em que que registou 115.915 medidas de proteção aos denunciantes.


O vice-ministro disse que para o próximo mês de setembro será implementado o Cadastro Nacional de Informações sobre Pessoas desaparecidas seguindo a rota policial estabelecida para o caso, com medidas especiais para casos de desaparecimento de meninas, meninos, adolescentes, idosos, com deficiência mental física e sensorial.


Mendoza anunciou também o Portal Oficial de Pessoas desaparecidas, uma linha 114 gratuita para denunciar esses desaparecimentos e a polícia está implementando um sistema de informática para pessoas desaparecidas em situações de alerta de emergência.


A este respeito, referiu a existência do Decreto Urgente 023-2020, que permite o pedido de registo policial do casal com quem tenha relação amorosa, casamento, união de facto, paixão, namoro ou outro tipo, que pode ser solicitados pelo casal gratuitamente e que serão atendidos com resposta verbal ou outro mecanismo acessível disponibilizado pela polícia.


Contudo, entre 8 de maio e 12 de agosto de 2020, não foi registrada nenhuma solicitação que tenha por objetivo identificar com antecedência um possível agressor.


A presidente da Comissão, Carolina Lizárraga, propôs um impacto maior na questão de otimizar os mecanismos de divulgação para que a medida descrita funcione.


Trabalhadores ameaçados

José Marticorena Vallejo, secretário-geral dos Trabalhadores do Programa Nacional contra a Violência Familiar e Sexual (Aurora), órgão executor do Ministério da Mulher, denunciou que suas filiadas em âmbito nacional não possuem condições mínimas de segurança no trabalho que garantam sua proteção sobre o tema da saúde.


O dirigente explicou que, paradoxalmente, a instituição governamental que tutela os direitos das famílias violadas exerce situação semelhante contra o pessoal capacitado para a prevenção de casos de violência contra mulheres e grupos familiares.


Apesar de terem orçado as vagas até dezembro deste ano, a ex-vice-ministra Nancy Tolentino iniciou para eles a modalidade de contratação no sistema CAS, mas renovável mês a mês.


O representante dos trabalhadores da Aurora solicitou a implantação de um plano de vigilância, prevenção de sua saúde com risco e exposição ao covid-19 em seu trabalho


Criança cega e com fraturas

A legisladora Yessica Apaza denunciou a crueldade e os maus tratos que uma mulher (Nohemy Mendoza) infligiu ao próprio filho, de um ano e sete meses, que apresenta fratura em uma das pernas e cegueira causada pelo ácido que foi borrifado em seu rosto.


O crime foi cometido em cumplicidade com seu companheiro Hovard Paco Quispe. Apaza informou que o menor foi transferido para o hospital da criança juntamente com seu pai que denunciou a violência contra seu filho durante o período em que a mulher estava com a guarda do menor.


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