Para evitar ataques de pragas nas plantações de banana, técnicos do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) fazem uma pesquisa minuciosa em plantações de Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, no interior do Acre. O trabalho é para evitar que doenças como sigatoka-negra, moco da bananeira e mal do Panamá raça 4 cheguem às plantações.
Os olhos atentos dos técnicos são em busca de sinais que possam identificar doenças nas bananeiras. À Rede Amazônica Acre, o engenheiro agrônomo do Idaf Samuel Almeida da Luz disse que o trabalho é de monitoramento.
“A gerência de defesa do animal do instituto trabalha e monitora os bananais para evitar as doenças”, falou.
No Acre, já estão presentes as doenças da sigatoka-negra, broca gigante e o mal do Panamá raça 2, que ataca a banana-maçã. A preocupação agora é com a possibilidade da chegada do mal do Panamá tipo 4, que pode atacar todo os tipos de banana.
“O mal do Panamá tipo 4 se assemelha, os sintomas, ao mal do Panamá raça 2. A diferença é que o raça 2 só ataca banana-maçã e o tipo 4 ataca qualquer tipo de banana. Se o produtor achar sintomas do mal do Panamá em bananais que não sejam de banana-maçã procure o Idaf porque pode estar lidando com possível foco do tipo 4”, aconselhou.
Ainda segundo o engenheiro, a doença mal do Panamá é um fugo que entra pela raiz, vai para o caule, deixa as folhas amareladas e mata a planta.
“Isso causa necrose nas folhas e acarreta a morte da planta. É uma praga difícil de ser controlada porque não tem controle químico adequado, então, a única recomendação para quando se encontra o mal do Panamá é a inutilização da planta e procurar um local onde a doença não esteja ainda”, reforçou.
Para não ter a plantação destruída ou prejudicada pelas doenças da bananeira que já atacam na região, os cuidados precisam ser tomados desde o momento em que vão escolher as mudas para o plantio.
O coordenador do Idaf em Cruzeiro do Sul, Igor Figueiredo, recomendou que o produtor tenha cuidado também na hora de usar os equipamentos nas plantações.
“Estamos aconselhando que o produtor tenha cuidado na aquisição das mudas que não leve muda doente par sua área, que estejam fazendo a assepsia correta dos instrumentos que vai usar porque tocou uma bananeira contaminada e for usar o mesmo instrumento em outra já vai contaminar também”, concluiu.