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Nos dez anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, Rio Branco avança na destinação e tratamento do lixo

Na última semana, muito se discutiu sobre os avanços e desafios da destinação e tratamento adequados do lixo no Brasil, pois dia 2 de agosto a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) completou 10 anos. Em Rio Branco, o manejo sustentável do lixo é uma realidade antes mesmo da Lei N° 12.305/10 (que instituiu a PNRS), graças à implantação da Unidade de Tratamento e Disposição de Resíduos Sólidos (Utre). Na contramão do panorama brasileiro, que segundo dados de 2019 do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, apenas 36,8% dos municípios brasileiros enviam seus resíduos sólidos domiciliares para aterros sanitários, a Utre se consolidou como a primeira unidade do seu modelo na região norte e a terceira no Brasil.


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“A Utre foi planejada para ser uma unidade de tratamento, ela não começou como um lixão e que se tornou um aterro controlado. Ela passou por um processo de inovação das práticas de resíduos e de 2009 para cá vem se consolidando como referência”, explicou o secretário Municipal de Meio Ambiente, Aberson Carvalho.


O lixo domiciliar, recolhido pela Prefeitura de Rio Branco, três vezes por semana em cada bairro é levado para a Utre, lá ele é pesado e em seguida prensado. O que é lixo seco, como papel, plástico, borracha, metais, couro, trapos de pano, arame, vidro e outros é encaminhado para reciclagem e o que é lixo úmido vai para uma célula de armazenamento de resíduos, onde é compactado.


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Essas células são revestidas com uma manta impermeabilizada que impede que o lixo contamine o solo. Além da manta, as células são compostas por um sistema de tubulação que auxilia na liberação dos gases produzidos pelos resíduos. A concentração do lixo nessas células também produz o chorume, um liquido que passa por três lagos de tratamento e somente quando atinge qualidade adequada é lançado nos igarapés.


A Utre já opera com sua terceira célula, e de acordo com Aberson, se o trabalho desenvolvido há dez anos continuar, a unidade tem vida útil por mais 50 anos. “Aqui nós desenvolvemos uma atividade controlada de tratamento dos resíduos sólidos, além de obedecermos rigorosamente a legislação ambiental, portanto, o que foi planejado para durar 20 anos, pode chegar até 50”, disse.


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Além da Utre, a Prefeitura criou a Política Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, regulamentada pela Lei N° 2.258. Essa norma estabelece ações a serem executadas, como por exemplo, a implantação de Ecopontos e a Área de Triagem e Transbordo de Resíduos que devem ser entregues até o final do ano. O município também realiza estudos financeiros para ampliação dos Ecopontos em nossa cidade.


O Ecoponto do Tucumã fortalece o trabalho realizado pela Utre. “Sabemos também da importância de iniciarmos a coleta seletiva em nossa cidade. Rio Branco se prepara para isso, todas essas ações são etapas desse processo”, contou Aberson.


Composto orgânico


A Utre conta também com um espaço destinado à produção de 80 toneladas de composto orgânico, por ano. Esse material é utilizado na manutenção do paisagismo da cidade e doado a produtores da agricultura familiar de Rio Branco.


Devido à produção de compostagem na UTRE, Rio Branco ganhou seu terceiro prêmio Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM Brasil).


Limpeza corretiva


A limpeza corretiva realizada pela Prefeitura de Rio Branco, quando as equipes da Secretaria Municipal de Zeladoria da Cidade (SMZC) passam nos bairros da capital limpando córregos, fazendo serviços de capina e roçagem, além de recolher entulhos, também integra esse pacote de ações realizadas pela gestão municipal.


Um relatório divulgado pela SMZC dá conta de que no período de 02 de janeiro a 04 de agosto, 97 bairros de Rio Branco receberam serviços de limpeza pública, para retirada de 35.948 toneladas de entulhos.


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“A política de resíduos sólidos é um esforço da Prefeitura para que se possa ter condições de apresentar visualmente bem o nosso município. Tivemos avanços como o aterro controlado, que é a finalização do lixão de décadas no município. Começamos o encerramento dele, nos últimos 10 anos, fazendo a finalização e toda remediação da área. Estamos com a Utre consolidada, e na fase de construção da nova Área de Transbordo e Triagem de Resíduos (ATTR) do município, que vai receber os resíduos de material de construção, de podas, madeira, além de eletroeletrônicos, uma cadeia de recebimento para fazer a destinação correta de seus resíduos. A rede de Ecopontos, também é um grande avanço que iniciou no Tucumã e que em breve será instalado no bairro Conquista, avançando para completar a rede do município.  A limpeza manual e mecanizada está sendo realizada todo ano pela Prefeitura em praças, bairros, parques, córregos e vias estruturantes. Com essa limpeza corretiva e preventiva fazemos o roço, a capina e a retirada de entulhos, sem abrir mão da conscientização com os educadores ambientais, que no dia a dia, estão percorrendo as escolas, conversando com as crianças, na busca de uma cidade mais limpa e uma população mais consciente”, declarou Kellyton Carvalho, gestor da SMZC.


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