Uma menina de 10 anos da cidade de Feijó, no interior do Acre, foi levada ao hospital da cidade após ser estuprada por um homem. De acordo com o pai da criança, ela foi atraída para uma casa abandonada na noite de quarta-feira (19). O suspeito fugiu após o crime e é procurado pela polícia da cidade.
A família e a criança estão na delegacia, nesta quinta (20), onde são ouvidas pela Polícia Civil. O delegado da cidade informou que só pode falar sobre o caso após os depoimentos.
Ao G1, o pai da criança, que pediu para não ter o nome divulgado, explicou que a filha brincava na casa de um coleguinha, que é vizinho da família, quando o crime ocorreu. A mãe do menino pediu para ele sair para comprar pão e a menina ficou sozinha por alguns instantes.
Nesse momento, o suspeito, que estava do outro lado da rua observando, se aproveitou que a menina estava só na varanda da casa para atraí-la até uma casa abandonada. Segundo o pai, o suspeito chamou a menina, mostrou o celular e pediu que ela se aproximasse para mostrar uma foto no aparelho.
“Ela disse que não ia, mas ele falou: ‘vem cá, deixa eu te mostrar uma foto’. Até que ela se aproximou, ele a agarrou pela cintura e levou para dentro de uma casa que fica em uma invasão. Ela detalhou tudo, tampou a boca dela e disse que ia matá-la”, lamentou.
O G1 tenta contato com a direção do hospital de Feijó.
Buscas
Após o sumiço da criança, a família começou a procurar por ela na rua. Dentro da casa, o suspeito tapou a boca da menina para que ela não gritasse e a ameaçou de morte caso fosse descoberto.
“Ele não bateu nela porque sentimos falta e fomos para rua atrás. Ficamos gritando o nome dela, não sabíamos que estava dentro da casa, e assim que nos afastamos ele soltou ela e empurrou para rua”, explicou.
Ainda segundo o pai, a menina correu para encontrar a família chorando e assustada. Os pais perguntaram o que tinha acontecido, mas, com medo, a menina não relatou de imediato o estupro.
“Ficou muito nervosa, meio pálida e assustada. Não queria contar porque ele tinha dito que ia matá-la se contasse para alguém. Quando se acalmou, contou o que houve, chamamos a Polícia Militar e fomos para o hospital”, disse.
A menina foi submetida a exames no hospital e, segundo pai, comprovaram o abuso. Ela foi medicada e liberada para ficar com a família.
“Uma psicóloga vai acompanhar, fizeram testes no hospital, hoje [quinta,20] fomos no posto para fazer exames de HIV e outros. Ela ficou bastante assustada, mas está mais tranquila. Conversamos com ela, dando apoio e amor”, falou.
Sobre o suspeito, o pai revelou que ele é irmão de um vizinho que mudou recentemente do bairro. A família da vítima nunca teve contato com ele. O pai da criança diz esperar por justiça após o crime.
“Está fugido para a zona rural. Um irmão dele morava no bairro. Ele vive mais na zona rural porque é membro de facção e fica entre a zona rural e a cidade. Nunca falei com ele, não teve contato com a gente”, concluiu.