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Mulher é torturada por quase 24 horas pelo ex-marido, na frente dos sogros

Foto: Tangará em Foco

 


Uma mulher de 38 anos viveu quase 24 horas de puro terror durante sessões de espancamento e tortura entre esse domingo (2) e a madrugada dessa segunda-feira (3).


As agressões foram feitas pelo ex-marido dela, de 29 anos, e assistidas pelos ex-sogros da vítima, de 39 e 55. Tudo aconteceu na casa dos suspeitos, no Bairro Jardim Olímpico, em Tangará da Serra (250 km de Cuiabá)


Já na madrugada dessa segunda-feira, ela conseguiu fugir e foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros, que a encaminhou para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) imediatamente; afinal, ela estava com muitas lesões, chegando a estar com o rosto deformado.


A Polícia Militar foi acionada na unidade médica e ouviu a vítima. Ela contou que, no domingo (2), sofreu várias agressões do ex-marido na casa dos ex-sogros, como chutes, socos e torturas feitas com fios de energia.


As agressões tiveram início por volta das 9 horas da manhã e a mãe e o padrasto do suspeito viram tudo e não fizeram nada para cessar o espancamento, que durou o dia todo e parte da noite.


Somente quando o ex-marido dormiu, já na madrugada dessa segunda-feira, a vítima conseguiu fugir correndo e pedir socorro.


A polícia saiu em busca do suspeito, mas não o encontrou.


A mulher ficou muito machucada, com lesões em todo o corpo. Os policiais que atenderam o caso descreveram no boletim de ocorrência que o rosto dela estava deformado, a testa tinha um corte profundo causado nas diversas vezes em que ela foi lançada na parede e o corpo todo tinha escoriações.


Mais tarde, uma nova equipe da PM foi ouvir a vítima, quando ela já estava em condições de dar mais informações sobre o local onde as agressões e torturas aconteceram.


Afogamento em tanque

Ela contou, então, que a mãe e o padrasto do ex-marido viram também o suspeito a afogando em um tanque como forma de tortura, batendo a cabeça dela na parede e queimando seus documentos.


Que ela implorava para que lhe ajudassem e prestassem socorro, ou ao menos a deixassem fugir e a deixassem pegar sua bicicleta, mas eles se negaram a ajudar.


Com essa denúncia da vítima, os dois foram presos por omissão de socorro, apropriação indébita, omitir-se em face de condutas de tortura, e ainda como cúmplices de sequestro e cárcere privado e “tortura, submetendo alguém sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo”.


Os policiais foram até a casa, encontraram o casal e os dois foram encaminhados para a delegacia. O filho, quando encontrado, ainda será indiciado por tentativa de homicídio doloso.


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