O piloto do voo da Air India Express que se acidentou ao aterrisar no aeroporto de Calicute, em Kozhikode, na Índia, nesta sexta-feira (7), tentou pousar outras duas vezes, arremeteu, deu voltas e finalmente tocou o solo no sentido contrário da pista. O avião não freou e acabou caindo em um barranco, tudo por causa do mau tempo.
Segundo a agência indiana ANI, chovia torrencialmente no momento do acidente. O sudoeste do país, onde fica o estado de Kerala, está em plena temporada de monções. Das 190 pessoas a bordo, 35 morreram, incluindo os pilotos, e 125 ficaram feridas.
Além disso, o aeroporto recebeu, no mês passado, um aviso da agência de aviação civil do país sobre as más condições das pistas de pouso.
Problemas na pista
O comunicado, que pedia melhora nas condições, indica relatos de pilotos de aeronaves que descreviam derrapagens ao aterrisar ou decolar com chuva. O asfalto teria acúmulo de borracha de pneus em diversos trechos, além de rachaduras e desníveis que possibilitam a formação de poças.
Tudo isso pode ajudar a explicar o acidente com o voo, que trazia 184 cidadãos indianos que estavam retidos fora do país por conta do fechamento das fronteiras de diversos países, incluindo a Índia, dedivo à pandemia do novo coronavírus.
O governo local parabenizou a ajuda rápida dos voluntários e o trabalho dos bombeiros, que conseguiram resgatar a maioria dos passageiros com vida. A agência de aviação afirmou que o resgate foi rápido porque o avião não pegou fogo ao bater. A fuselagem, no entanto, se partiu em pelo menos três grandes pedaços.