O campo de Lula da Petrobras, no pré-sal da Bacia de Santos, no Rio de Janeiro, vai voltar a se chamar campo de Tupi. A modificação é uma exigência do TRF4 (Tribunal Regional da 4ª Região), que considerou que o nome gerava “promoção pessoal” para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) diz que a Petrobras já comunicou a mudança, que está sendo analisada.
Segundo o advogado Rafael Gama, que coordena a ação contra a petroleira, a agência reguladora juntou na última sexta-feira o ofício de troca do nome ao processo. Ele explica que há a possibilidade de uma nova mudança na nomenclatura mais para a frente.
A jazida petrolífera, que antes já era denominada Tupi, mudou para campo de Lula em 2010. Na ocasião, a Petrobras explicou que segundo orientação da ANP, os campos de petróleo deveriam receber, no ato de declaração de comercialidade, “nomes ligados à fauna marinha, quando se tratar de descoberta no mar”.
O campo de Iracema, por exemplo, ganhou na ocasião o nome de Cernambi, que também é um molusco. A relatora das apelações na corte em Porto Alegre, desembargadora Marga Inge Barth Tessler, considerou “irretocáveis” os fundamentos da sentença.
Ela também manteve o comando sentencial que negou o ressarcimento de despesas de publicidade da estatal, já que a inicial não trouxe provas dos danos ao patrimônio público – e não se pode falar em lesão presumida.
A ação popular para pedir a troca do nome foi feita pela advogada Karina Pichsenmeister, sócia da Gama Advogados. Segundo ela, “o ato eterniza de forma equivocada o crédito e o mérito pela descoberta do pré-Sal”. Ela afirma que cabia à ANP, como agência reguladora, realizar um filtro de legalidade ou constitucionalidade do ato http://ecosdanoticia.net/wp-content/uploads/2023/02/carros-e1528290640439-1.jpgistrativo.