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Criança é flagrada pilotando moto aquática no Rio Acre, em Rio Branco


Uma criança foi flagrada pilotando sozinha uma moto aquática no Rio Acre, na região da praia do bairro Base, em Rio Branco, na tarde de domingo (2). As cenas foram registradas por uma equipe da Rede Amazônica Acre.


Na areia, muitas pessoas observavam a ação sem perceber o risco que o menino e os demais corriam, entre elas outras crianças. Em alguns momentos, era possível o garoto fazendo manobras arriscadas, como cavalo de pau, colocando risco à própria vida e das pessoas que estavam no local.


Para pilotar uma moto aquática é necessário ter uma habilitação conhecida como Arrais, passar por exames escritos e práticos. O não cumprimento da lei pode levar a detenção do motorista e apreensão do veículo e da carteira.


A equipe flagrou também outras crianças tentando atravessar o rio de um lado para outro sem a presença de adulto.


“É um grande risco e problema. Primeira coisa que temos que considerar é que menores de idade não devem pilotar embarcações, seja moto aquática, lancha, nada. Para pilotar uma embarcação é necessário ter uma habilitação, como se fosse de carro, só que para embarcação. Para menores é vetado, a Marinha, que é responsável pela fiscalização, deveria apreender a embarcação e toda penalização vai para embarcação e o proprietário arca com aquilo”, explicou ao G1 o major Cláudio Falcão, da assessoria dos bombeiros.


Além de colocar em risco a vida das pessoas, o major acrescentou que pilotar uma moto aquática fazendo manobra provoca fortes ondas que podem causar o naufrágio de outras embarcações.


“Já aconteceu acidente causado assim. Não lembro se tivemos mortes, mas de naufragar tivemos sim. É um risco muito grande, deve ser evitado. Vai causar risco para as pessoas que estavam se banhando no rio, pessoas que estavam trafegando em outras embarcações e ao próprio usuário. Temos os pilares das pontes e para perder o controle de uma embarcação essa, que é muito rápida, é muito fácil”, afirmou.


Busca por praias


Com o calor, sem chuvas e o baixo nível do Rio Acre, as áreas para banho ficam lotadas, o que aumenta o número de ocorrências e acidentes. Os flagrantes revelam também que muita gente segue sem respeitar o isolamento social.


Dados do Corpo de Bombeiros do Acre mostram que em 2019 foram registradas 33 mortes por afogamento. No ano anterior, em 2018, foram 48.


Falcão destacou que por ano são contabilizados mais de 600 afogamentos no Acre. Este ano, o major revelou que já foram registrados oito acidentes com mortes envolvendo embarcações.


“Já tivemos em torno de 600 acidentes com embarcações esse ano sem morte. Temos acidentes com embarcações diariamente, principalmente no interior”, concluiu.


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