Com pelo menos 3,8 mil focos de queimadas no AC, fumaça toma conta de Rio Branco


Com pelo menos 3,8 mil focos de queimadas no AC, fumaça toma conta de Rio Branco — Foto: Maurício Henrique da Costa/Rede Amazônica Acre.


Tempo seco, umidade relativa do ar baixa, queimadas e muita fumaça. Esse tem sido o cenário da capital acreana nos últimos dias em consequência do aumento das queimadas durante o mês de agosto.


Em todo Acre, no período de 1º de janeiro até o dia 26 de agosto, foram registrados pelo menos 3,8 mil focos de queimadas, de acordo com dados do Corpo de Bombeiros. Em 2019, até o dia 25 de agosto, tinham sido registrados 2,6 mil focos. 80% é registrado na capital Rio Branco.


Em comparação com o ano passado, houve um aumento de 44%, ou seja, foi 1,1 mil a mais que em 2020.
“Levando em consideração esses dados, 2020 está ultrapassando os do ano passado. A maioria dos focos é em áreas urbanas e nesses últimos dias tem sido no que mais a gente tem atuado. Então, nenhuma equipe tem ficado no quartel”, disse a aspirante Laiza Mendonça, da assessoria de comunicação dos bombeiros.


Em nove batalhões do estado, são pelo menos 60 homens destinados exclusivamente para atuar no combate aos incêndios diariamente.


Aumento em agosto


No último ano, só no mês de agosto, até o dia 21, tinham sido registradas nos bombeiros 869 ocorrências de queimadas, a maioria urbanas. No mesmo período de 2020 foram mais de 1 mil chamados. O aumento é de 16%. Os dados são referentes a todo o estado.


Além disso, Laiza afirmou que a frente fria, registrada na última semana, contribuiu para o aumento dos focos de queimadas porque a chuva que ocorreu foi de forma isolada e os fortes ventos acabaram influenciando esse aumento.


“Contribuiu porque a chuva que teve foi apenas em pontos isolados e nem pontuou na escala de milímetros do rio, apenas o que aconteceu foi baixar a temperatura”, acrescentou.


Morte de animais


As queimadas também afetam os animais e, de acordo com os bombeiros, teve um aumento no número de resgates. Ainda comparando entre janeiro e agosto os resgates aumentaram 32%.
No ano passado foram 1,4 mil animais resgatados. Já neste ano, houve um salto para 1,8 mil. Alguns já mortos devido o fogo, outros feridos são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e os que estão em condições são devolvidos ao habitat natural. Os bombeiros não têm números de animais mortos.


“Em decorrência das queimadas, nós estamos atendendo muitas ocorrências de captura de animais, porque eles estão saindo do habitat natural e acabam entrando nas residências. É jacaré, cobra, coruja, entre outros da nossa região, que muitas vezes estão machucados e outros nem conseguimos resgatar porque já morreram”, pontuou Laiza.


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