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Com mais de 720 focos de queimadas nos primeiros dias de agosto, Acre enfrenta seca severa


O Acre registrou só nos primeiros 10 dias de agosto 728 focos de queimadas, segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente do Acre (Sema). O número é 50% a mais do que foi registrado no período de janeiro até agosto quando o estado acumulou 1.194 focos.


A diretora Executiva Sema, Vera Reis, disse em entrevista à Rede Amazônica que são feitos boletins diários e em relação à última análise divulgada na segunda-feira (10). O Acre já está superando a seca severa de 2016, quando foi decretada situação de emergência em pelo menos nove cidades do estado.


“Nesse momento, nós estamos com o número de focos de calor elevadíssimos. Só os primeiros dias de agosto representam mais de 50% dos focos de calor registrados desde janeiro. E nós já superando o ano de seca bastante severa que foi o ano de 2016”, disse.


Vera disse que no início de junho especialistas e pesquisadores já tinham alertado que o estado enfrentaria uma seca severa neste ano de 2020.


“Constatou-se que vamos enfrentar uma seca bastante severa, embora curta, bastante severa nesse período. Nesse sentido, nós estamos muito alertas, mas a gente tem visto que as queimadas na cidade tem sido mais críticas que propriamente na zona rural, então, há uma desinformação muito grande por parte da população, uma falta de sensibilidade e até mesmo de solidariedade para com aqueles que estão acometidos com a Covid-19”, pontuou.


Vera disse que só em Rio Branco já são mais 2,4 hectares de com cicatrizes de queimadas, apenas em áreas urbanas e periurbana.


Uma das maiores das preocupações, segundo a diretora, é o agravamento no quadro de saúde das pessoas que sofrem com problemas respiratórios e também daqueles que enfrentam a Covid-19. Até segunda, o estado havia registrado mais de 21, 6 mil casos da doença.


“Nós sabemos que a fumaça tende a agravar a saúde destas pessoas. Temos temperaturas elevadas, já estamos com muitos dias sem chuva. Isso tem culminado com uma umidade relativa bastante baixa, em alguns casos inferior a 25%. Isso é muito severo e essa situação climática tende a agravar mais e nós não temos previsão de chuva significativa para os próximos dias”, complementou.


Ações


Para tentar coibir estas práticas de queimadas, tanto no perímetro urbano quanto na zona rural, Vera disse que há um plano estratégico de atuação entre o governo, órgãos estaduais e municípios.


“Nós temos um plano estratégico que foi elaborado já no início de maio, desde o decreto 5.866 estabelecido no dia 29 de abril pelo governo do estado”, disse.


A diretora executiva da Sema disse que esse plano vem estabelecendo atividades integradas em todo estado, especialmente nas florestas públicas, isso para falar da área rural que foram as áreas inicialmente mais afetadas pelo desmatamento. As ações ocorrem por meio de um comitê integrado.


“Estamos trabalhando com os municípios, a cada semana nós realizamos reuniões com os secretários e técnicos de cada município, começamos a trabalhar com as cidades mais críticas como Feijó, Manoel Urbano, Tarauacá, Sena Madureira nesse momento”, citou.


Além disso, Vera informou que o governo deve lançar uma plataforma para que os municípios possam acompanhar de maneira mais efetiva as queimadas urbanas. Além de ações educativas que devem ser intensificadas para alertar a população sobre os riscos das queimadas à vida, além de ser um crime.


“A plataforma vai cruzar os bairros que estão queimando mais e as áreas em que a população está mais afetada por Covid-19 e isso vai dar pra gente uma visão geral de como a população está afetando a saúde das pessoas”, concluiu.


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