O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deve prorrogar o auxílio emergencial para trabalhadores informais e desempregados afetados pela pandemia do novo coronavírus, de acordo com interlocutores do chefe do Executivo.
O valor cogitado, no momento, é de R$ 300, segundo fontes ouvidas pelo R7 Planalto. Bolsonaro comentou sobre a extensão do benefício durante cerimônia na tarde desta quarta-feira (19).
“Nós estamos agora em fase final. Hoje eu tomei café com Rodrigo Maia, no Alvorada, e também tratamos sobre o auxílio emergencial. Os R$ 600 pesam muito para a União. Se não é dinheiro do povo, porque não está guardado, é endividamento. Se o país se endivida demais, acaba perdendo sua credibilidade no futuro”, afirmou Bolsonaro.
“Alguém falou aí de R$ 200, eu acho que é pouco, mas dá para chegar no meio-termo, e nós buscarmos para que ele venha a ser prorrogado por alguns meses, talvez até o final do ano, de modo que nos consigamos sair dessa situação”, completou.
A afirmação dada por Bolsonaro ocorreu durante cerimônia de sanção de duas MPs (Medidas Provisórias) que facilitam o acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas. As matérias são a 944, que institui o PESE (Programa Emergencial de Suporte a Empregos), e 975, que institui o PEAC (Programa Emergencial de Acesso a Crédito).
A análise da prorrogação do auxílio emergencial ocorre em paralelo ao Renda Brasil, programa que Bolsonaro quer criar para substituir o Bolsa Família, uma vez que a proposta pode se tornar uma marca da atual gestão.