O advogado Giliard Souza, que defendia o estudante Alan Lima, apontado de participação em racha com BMW que vitimou a jovem Jonhliane Paiva, no último dia 6 de agosto, informou ao ac24horas nesta segunda-feira, 17, que irá deixar o caso.
Em conversa, o advogado esclareceu que a decisão partiu da mãe de Alan Lima. O advogado teria sido contratado pelo pai de Alan, mas a mãe do acusado decidiu romper o vínculo e buscar outro advogado.
“Nós sairmos do caso com a mais absoluta certeza do dever cumprido até aqui. Defendemos o que acreditamos: sobretudo as garantias fundamentais de Alan e de quem quer que seja. Defendemos o direito do contraditório e da ampla defesa”, ressaltou.
Em entrevista concedida pelo advogado ao ac24horas neste final de semana, ele argumentou ser favorável ao debate e participação pública sobre o caso, que tomou grande repercussão em todo o Acre. Para ele, “é fundamental que a sociedade participe, que a população se envolva em casos importante”.
Em sua fala, o advogado alegou que a prisão preventiva de Alan se trata de uma “decisão arbitrária”. “Defendemos ali que a decisão que decretou a prisão preventiva trata-se de uma decisão arbitrária. Trata-se de uma decisão carente de fundamentação idônea para uma prisão preventiva, mas, contudo, deve haver acima de tudo numa defesa uma relação de confiança entre advogado e cliente e pela a família da mãe de Alan que é separada do pai de Alan. A mãe do Alan, por entender que melhor sorte assiste outro advogado, escolheu contratar outro advogado”, afirmou.
Por fim, Giliard considerou um avanço para o Estado Democrático de Direito o envolvimento e interesse do público, de modo geral.
“Agora, eu posso divergir do seu posicionamento respeitando o seu posicionamento. E posso convergir com seu posicionamento, livre de qualquer interesse. E a gente luta para que isso sempre se fortaleça, fortalecimento das instituições, do poder judiciário”, ressalta.