Com as notícias de que as pesquisas sobre as vacinas contra o novo coronavírus estão avançando, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse à CNN esperar que a Coronavac — vacina em desenvolvimento pelo laboratório chinês Sinovac com parceria com o órgão brasileiro — comece a ser aplicada na população no início de 2021.
“Estamos trabalhando para que o Brasil seja um dos primeiros países a ter acesso a essa vacina via SUS. A Coronavac tem grande vantagem em relação às outras vacinas que estão em desenvolvimento por usar uma tecnologia já conhecida. Então, temos a cadeia de suprimentos, fornecedores e equipamentos prontos para a aplicação em larga escala.”
Dimas Covas ressaltou que a vacina sendo desenvolvida no Butantan usa tecnologia já utilizada em outras aplicações, que consiste em utilizar um vírus inativo para treinar o sistema imunológico, e que isso é um sinal de que o medicamento poderá ser mais barato e produzido em maior escala.
“Como é uma tecnologia já dominada, teremos uma vacina mais barata e sem tantos componentes desconhecidos. Além disso, é uma tecnologia que possivelmente trará menos problemas regulatórios, menos riscos associados, o que gera maior otimismo”, afirmou.
A vacina da Universidade de Oxford desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz usa a tecnologia inédita de colocar um trecho do material genético da Sars-Cov-2 em um outro vírus para forçar a criação da proteína que causa a doença, a fim de forçar o organismo a criar um mecanismo de defesa contra a enfermidade.