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Trio acusado de matar cunhados vai a júri popular em Rio Branco

Três homens acusados de participação na morte dos cunhados Fernando Nascimento da Silva e Cristina Reis de Souza, ambos de 18 anos, em janeiro do ano passado, vão a júri popular. A decisão de pronúncia é da juíza Luana Campos, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.


O crime ocorreu no dia 25 de janeiro na Rua do Futuro, bairro Taquari, em Rio Branco. As vítimas estavam em frente a uma casa quando os criminosos passaram atirando.


Entre os acusados estão Everton de Assis Melo, Gabriel de Souza Lima e Gilsicley Ferreira Monteiro. Além do duplo homicídio, eles são acusados dos crimes de tentativa de homicídio, roubo, sequestro e Monteiro também por porte de entorpecente.


Além dos dois mortos, duas pessoas ficaram feridas no dia do crime, entre elas a mulher de Silva e irmã de Cristina, e um adolescente de 13 anos.


Na fuga, os criminosos trocaram de carro e fizeram uma família refém. Três foram presos pela Polícia Militar do Acre (PM-AC), na BR-364, região da Terceira Ponte da capital acreana, e um conseguiu fugir.


Ao G1, a advogada dos réus Gabriel Lima e Gilsicley Monteiro, Larissa Leal afirmou que o júri ainda não foi marcado e que não vai recorrer da decisão de pronúncia. Ela também preferiu não comentar sobre a defesa dos clientes e deixar para o dia do julgamento.


Já advogada de Everton Melo, Viviane Nascimento disse que vai consultar seu cliente para saber se vão recorrer ou não da decisão da juíza. Segundo ela, Melo confessa ter participado do roubo do veículo, mas nega os demais crimes que foi denunciado.


“Nosso papel enquanto defesa é sustentar aquilo que o réu entende realmente ter participado. O meu cliente assume que, de fato, participou do crime de subtração do carro. Inclusive, a denúncia feita pelo MP é muito carente de provas com relação especificamente ao meu cliente e as próprias vítimas narram de maneira abstrata o ocorrido. Pretendemos consultar o réu para saber se vamos recorrer ou se iremos trabalhar na defesa em sede de plenária de júri”, disse Viviane.


Com o trio, a PM-AC apreendeu quatro armas de fogo, sendo uma pistola nove milímetros de uso restrito das polícias. Aparelhos celulares e drogas também foram encontrados com os suspeitos.


Ainda na decisão de pronúncia, a juíza determinou que os três réus devem permanecer presos e negou o direito de recorrerem em liberdade.


Ligação com outro homicídio


O assassinato de Cristina teria ligação com um outro crime ocorrido em fevereiro de 2018, quando três pessoas morreram e uma ficou ferida no Conjunto Novo Horizonte, bairro Floresta. A jovem era testemunha do crime .


Entre as vítimas do triplo homicídio estão os jovens Luana Aragão, de 21 anos, Rafaella Santos, de 17, e Renan Barbosa, de 20.


Em reportagem publicada no dia 1º de maio de 2019, o assistente de acusação, advogado Armysson Lee, revelou que a família de uma das vítimas estava sendo ameaçada e Cristina, que estava na casa onde ocorreu o triplo homicídio e era testemunha no processo, foi assassinada.


Sobre essa relação entre os crimes, a advogada Viviane disse que, embora a família da vítima Cristina tenha citado o caso, o fato não foi vinculado ao processo nem na denúncia do Ministério Público contra o trio e nem na decisão de pronúncia da juíza.


“Na verdade, a defesa entende que não guarda nenhum tipo de relação, até porque, segundo consta na denúncia, seria uma guerra de facção o contexto. Quem suscitou essa hipótese foi a família e o assistente de acusação. Mas, quem acusa é o próprio Ministério Público e este, nesse processo, não suscita essa situação”, afirmou a advogada.


Após 13 horas de julgamento, Mateus Mendonça da Costa, Luiz Fernando da Costa Cruz e Lucas Freire de Lima,acusados da morte dos três jovens foram condenados a mais de 210 anos. Cada réu levou uma pena de 71 anos, sete meses e seis dias e não vão ter direito de recorrer em liberdade.


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