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Sindicatos dizem que pastores mentiram ao afirmar que foram tratados como criminosos

Os Sindicatos dos Servidores Municipais de Rio Branco – SSEMRB, e dos Auditores Fiscais de Rio Branco – SAFIRB, divulgaram nota nesta sexta-feira, 3, repudiando a nota atribuída a pastores e líderes evangélicos, acerca da reunião ocorrida no último dia 24 de junho, na sede do Departamento de Vigilância Sanitária, em que eles teriam sido tratados como criminosos pelos servidores presentes.


Em comunicado, os sindicalistas afirmam que a referida reunião tinha como objetivo uma atuação preventiva de conscientização, apresentando às lideranças eclesiásticas alguns estudos científicos e experiências exitosas que reforçam a necessidade do distanciamento social em meio às dificuldades de se encontrar soluções para o combate a pandemia ocasionada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, causador da COVID-19, visando assim demonstrar que as medidas adotadas pelas autoridades públicas são pautadas em leis, normas e critérios técnico-científicos.


“Ao final, ao contrário do que se afirma na aludida Nota das lideranças evangélicas, os Auditores Fiscais solicitaram que os representantes de igrejas, presentes no ato, assinassem uma notificação preventiva, a fim de comprovar a realização dos devidos esclarecimentos acerca das normas restritivas que visam o combate a COVID-19, dando-se igual tratamento a todos os centros religiosos, independente do credo, e demais entidades filantrópicas, apesar de que todos se recusaram a assinar o documento”, destacou trecho.


Os sindicatos afirmam que causou enorme espanto as acusações infundadas que observamos na referida Nota, a qual, distorcendo os fatos, tentou impingir aos Auditores Fiscais Sanitários a imagem de intolerância religiosa, com o aparente objetivo de ganhar a simpatia popular, jogando a sociedade contra servidores de carreira que tem o dever de observar as leis e fazer cumprir os decretos e demais atos normativos estabelecidos pelas autoridades constituídas, sob pena de responderem pelo crime de prevaricação.


Os presidentes dos sindicatos afiamram ainda que competem aos agentes políticos, eleitos pelo povo, estabelecerem as políticas de saúde pública a serem aplicadas pelos órgãos governamentais, buscando sempre o melhor interesse da sociedade, não cabendo, portanto, aos Auditores Fiscais Sanitários optarem por quais normas pretendem seguir. “Neste sentido, aproveitando a vasta formação na área de saúde pública dos Auditores Fiscais Sanitários, a mencionada reunião teve justamente a finalidade de trazer a luz a diversos aspectos das medidas restritivas e a importância de cada uma no combate à pandemia enfrentada pelo mundo, mantendo-se um diálogo aberto com este importante setor da sociedade, tendo em vista o reconhecimento da importante função social que as igrejas (de todos os credos) exercem na comunidade, em especial, nos bairros mais carentes, com vistas a disseminar este conhecimento a todos cidadãos, promovendo, assim, uma maior conscientização da adesão de todos a este processo de mudanças enfrentado por nossa sociedade”, destacou comunicado assinado pelos presidentes José Augusto Pinheiro da Silveira (SSEMRB) e José Maria da Silva (SAFIRB).


Os sindicalistas criticam ainda que a Nota atribuída às lideranças evangélicas no lugar de retratar os fatos efetivamente ocorridos, criou um cenário fantasioso de perseguição que jamais existiu, até porque muitos Auditores da Vigilância Sanitária professam justamente a fé cristã, o que torna o referido ato ainda mais lamentável e sem sentido, especialmente, porque a harmoniosa reunião ocorrida, encerrada, inclusive, com uma fraterna oração, nada se parece com as falsas acusações que constam de uma nota infeliz e recheada de viés político.


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