Sem fazer exames, IML ainda não sabe se corpo carbonizado em carro é de homem que tentou matar ex no AC


Após mais de três meses, o exame de DNA para identificar o corpo encontrado carbonizado dentro de um carro, na Rodovia Transacreana, zona rural de Rio Branco, no mês de abril, ainda não foi concluído. Asuspeita é de que os restos mortais, que já foram entregues para a família, sejam de Cassius Cley Souza Costa, de 37 anos.


Ele sumiu após tentar matar a companheira, Zuleide de Souza Pessoa, à facadas, dois dias antes, no Conjunto Joafra, na capital acreana. O carro onde o corpo foi achado era dele. Zuleide ficou 18 dias internada, sendo 14 na Unidade de Terapia Intensiva do pronto-socorro, recebeu alta e se recupera em casa.


Após 15 dias em casa, Zuleide conversou com o G1 e contou que vivia sob ameaças por conta de ciúmes do ex-marido.


Falta de insumo


Ao G1, a direção do Departamento de Polícia Técnico-Científica (DPTC) de Rio Branco afirmou que o Instituto de Identificação estava sem insumo e por isso o exame não foi feito ainda. Porém, o material chegou essa semana e as equipes voltaram a fazer os exames de identificação.


O delegado Cristiano Bastos, responsável pelo caso na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), disse que já ouviu familiares, conhecidos e amigos de Costa, mas que ainda não pode confirmar se o corpo é dele sem os laudos e exames.


“Não teremos como confirmar sem os laudos periciais, os quais ainda não ficaram prontos. Mas, bem provável que seja [ele]”, afirmou.


Mesmo sem o exame de DNA, a família alega que a vítima é Cassius Costa. Ele foi enterrado no dia 4 de maio sem ser identificado porque o corpo estava em estado de putrefação e não tinha condições de ser levado para o freezer, segundo informações do Instituto Médico Legal (IML).


Os peritos recolheram o material genético para realizar o exame de DNA no corpo e fizeram a liberação.


Família diz que não há dúvidas


Em maio, um tio de Cassius Costa, Moisés Barbosa, entrou em contato com o G1 e informou que a família aceitou receber o corpo, mesmo antes do resultado do exame de DNA, porque reconheceu que era o do sobrinho e afirma que ele não foi enterrado como indigente. De acordo com o tio, a identificação pôde ser feita porque o sobrinho tinha uma platina no braço esquerdo, que foi colocada após uma fratura.


“Ele não foi enterrado como indigente. A família foi lá e a única coisa é que quando sair o atestado de óbito com a identificação do DNA pelo IML. Como o corpo estava irreconhecível, então só seria pelo DNA, mas a família foi receber o corpo. Indigente não tem nome e é a prefeitura quem enterra, quando a família não vai lá. No caso, a família foi e recebeu o corpo e no cemitério já saiu o nome dele. No IML eles dizem o provável fulano de tal”, explicou.


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