A sede do Estrelão amanheceu movimentada na manhã desta sexta-feira, 31. Como prometido e articulado pelas redes sociais, um grupo de mulheres foi ao local protestar contra a contratação do goleiro Bruno Fernandes.
O atleta chegou à Rio Branco nesta quinta-feira, 30, e já treinou com os novos companheiros de trabalho. A contratação do goleiro, condenado a mais de 20 anos pelo assassinato de Eliza Samúdio e pelo sequestro e cárcere privado do próprio filho, se tornou a aquisição mais polêmica da centenária história de um dos mais tradicionais clubes do futebol acreano.
Com uma faixa onde estava escrito “vergonha RBFC, assassino não é bem-vindo”, o grupo pede que a diretoria reveja a contratação do atleta.
Uma das lideranças do grupo é a ex-secretária de políticas para mulheres no governo Sebastião Viana, Concita Maia.
“Nós repudiamos a contratação desse feminicida. É um desrespeito contra as mulheres e homens de bem do Acre. Estamos aqui para afirmar que a sociedade acreana está dizendo não ao Bruno em nosso estado. Ele não foi aceito em lugar nenhum, porque tem que ser aqui no Acre. Não somos contra sua ressocialização, mas ele tem respostas para dar. Esse feminicida não é bem vindo no Acre”, disse.
A diretoria do Rio Branco já comunicou que não tem possibilidades de rescindir o contrato com o goleiro e aposta que os protestos esfriem ao longo dos próximos dias. O retorno do campeonato acreano está marcado para a segunda quinzena do mês de agosto, mas vai depender do Acre alcançar o nível de atenção (amarelo) definido pelo Pacto Acre sem Covid-19.