Morreu ontem (25) a atriz Olivia de Havilland, estrela do clássico “E o Vento Levou” (1939), aos 104 anos. Uma das últimas sobreviventes da era de ouro de Hollywood, ela faleceu de causas naturais e enquanto dormia. Olivia vivia em Paris desde os anos 1960 e ganhou dois Oscar: por “Só Resta Uma Lágrima” (1946) e “Tarde Demais” (1949).
A estrela foi indicada ainda outras três vezes, inclusive por sua atuação em “E o Vento Levou”, onde viveu Melanie, personagem carismática que sofre com a inveja da protagonista Scarlett O’Hara (Vivien Leigh), que cobiça o seu marido, Ashley (Leslie Howard). As outras duas indicações foram por “A Porta de Ouro” (1941) e “Na Cova da Serpente” (1948).
De vida pessoal discreta, a atriz foi casada duas vezes, com homens não-famosos, e teve dois filhos.
Ela também ficou conhecida pela luta que travou pela dignidade dos atores ante o chamado “studio system” (esquema através do qual os grandes estúdios de Hollywood controlavam totalmente suas carreiras). Em 1943, insatisfeita com os filmes que a Warner Bros a enviava, Olivia processou e venceu o estúdio, livrando-se do seu contrato e estabelecendo precedente para a ratificação de uma lei trabalhista que impede relações similares entre empregados e empregadores, conhecida até hoje como “Lei De Havilland”.