Estudo coordenado pelos principais hospitais privados do Brasil aponta que a hidroxicloroquina, associada ou não à azitromicina, não tem eficácia no tratamento de pacientes internados com quadros leves e moderados de Covid-19.
A pesquisa, publicada nesta quinta (23) no New England Journal of Medicine, verificou ainda que, no grupo de pacientes que fez uso dos medicamentos, foram mais frequentes alterações nos eletrocardiogramas e nos exames de sangue que representam maior risco de arritmia cardíaca e lesões no fígado.
Participaram do ensaio clínico 667 pacientes de 55 hospitais, sob a coordenação de oito instituições: os hospitais Albert Einstein, Sírio-Libanês, HCor, Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz e Beneficência Portuguesa de São Paulo, além do Brazilian Clinical Research Institute e da Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva.
Um sorteio dividiu os pacientes em três grupos: um (221 pessoas) foi tratado com hidroxicloroquina, outro (217) recebeu o medicamento associado à azitromicina, e o terceiro (227) foi tratado somente com suporte clínico padrão, que inclui medicamentos para os sintomas da Covid-19.
Os voluntários receberam as medicações por sete dias e foram acompanhados por duas semanas. Ao final, os pesquisadores concluíram que não houve diferença significativa na evolução dos pacientes dos diferentes grupos.
Mas, claro, bolsonaristas defensores da cloroquina vão dizer que os envolvidos são todos comunistas.