A cidade de Assis Brasil, no interior do Acre, está com 172 imigrantes que estão sendo acompanhados pela prefeitura que, além do abrigo, ainda oferta três refeições diárias. De acordo com o prefeito, Antônio Barbosa, muitos estão retornando para as cidades brasileira de onde saíram.
Em março, a cidade chegou a decretar situação de emergência por registrar a presença de mais de 300 imigrantes que ficaram impedidos de atravessar a fronteira com o Peru que está fechada por conta da pandemia de Covid-19.
O número oficial de imigrantes na cidade tem caído. De acordo com o prefeito, eles têm saído em pequenos grupos e retornado para as cidades brasileiras de onde eles tinham saído, no início da pandemia.
“Eles estão regressando para São Paulo, Paraná, Santa Catarina. Já que eles não puderam continuar por aqui para continuar o destino deles, parte desses estão voltando. Não é o que eles querem, mas não tem previsão de quando a fronteira vai ser aberta eles estão saindo pouco a pouco, em grupos de 10 a 15”, explicou.
“A gente está alimentando todo mundo, os que estão aqui. São três refeições todos os dias”, contou.
Chegada irregular
Apesar dessa redução no número oficial de imigrantes que é mantido pela prefeitura, Barbosa disse ainda são registrados alguns casos de entrada irregular de pessoas, mas que não estão sendo acompanhadas.
“Clandestinamente chega porque tem taxistas que não se seguram sem explorar. Então, nos abrigos não estamos mais recebendo ninguém. Mas, a gente percebe quem chega e é diferente”, informou o prefeito.
Barbosa disse que não tem como controlar a chegada irregular de imigrantes e, por isso, não tem números oficiais. Apenas dos que estão sendo mantidos pelo município.
Casos de Covid-19
Atualmente, o grupo está divido em duas escolas da cidade, e outros foram transferidos para a igreja Católica, além dos que que estão acampados sobre a ponte que liga a cidade ao Peru.
A cidade registrou até esta quarta-feira (14), 231 casos de Covid-19. De acordo com o prefeito, ainda não foi registrado nenhum caso entre os estrangeiros que estão nos abrigos da cidade.
“Nos que estão abrigados não foi registrado nenhum caso de Covid-19. Até teve dos que chegaram e ficaram sobre a ponte, em duas oportunidades. Em um ônibus que chegou de São Paulo com 27 pessoas, tinha três casos, e no outro que tinha 47 passageiros, sete estavam positivados, mas foram de passagem e ninguém ficou”, concluiu.