Batata doce, jerimum, banana-comprida e prata, farinha de tapioca, frango da região, iogurte, pimentinha de cheiro. Esses são alguns dos alimentos que estão sendo entregues pelo Governo do Estado do Acre às famílias dos estudantes de ensino médio da rede pública estadual cadastrados no Bolsa Família.
A ação é uma parceria entre Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE) e Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa). Só em Rio Branco já foram entregues 4.854 kits de alimentação compostos exclusivamente por produtos da agricultura familiar de 12 cooperativas do estado.
Entre os produtores está a Elizabeth dos Santos da Associação de Produtores Rurais Sonho Meu que fica na Estrada de Boca do Acre. Ela está fornecendo batata doce e farinha de tapioca. Segundo Elizabeth, a venda para o Estado vai impedir que a produção seja perdida. “É maravilhosa essa oportunidade porque assim a gente tem como vender o nosso macaxeiral que já está maduro.”
O secretário de Educação Mauro Sérgio Cruz, explica que 30% dos valores enviados à educação estadual pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) são destinados à agricultura familiar. Por esse motivo o governador Gladson Cameli e o Comitê de Combate a Covid-19 orientaram a SEE e a Sepa a promoverem a ação. “Esse também foi um jeito que nós encontramos de falar para os nossos alunos que eles são muito importantes”, pontua o secretário.
Ação que chega em boa hora para diversas famílias acreanas, como a dos irmãos Maxcleudo e Eudilei Paiva, estudantes do segundo ano do ensino médio da escola Senador Adalberto Sena. “Está ajudando muito essa cesta básica porque é só minha mãe que trabalha e tem que sustentar lá em casa. São quatro meninos”, conta Maxcleudo.
Segundo o chefe da divisão da Merenda Escolar, Mauro Moura, até dia 31 de julho todos os alunos das regionais Alto e Baixo Acre receberão os alimentos. Posteriormente, a equipe da merenda partirá para as demais regionais do estado. “Quando acabar as regionais do Alto e Baixo Acre, nós vamos para o Purus e toda a logística que nós fizemos no armazém Rio Branco, vamos fazer no armazém Purus, armazém Tarauacá e armazém Juruá”, explica.
Para Edvan Azevedo, secretário da Sepa, a ação é uma oportunidade para os agricultores que por conta da pandemia foram impedidos de participar das feiras livres. “Gera renda no campo, fortalece a economia rural e ao mesmo tempo disponibiliza alimentação para os mais vulneráveis”.