O governo do Estado, por meio da Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), realizou na manhã desta terça-feira, 14, um encontro entre a empresa responsável pelas refeições dos reeducandos do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen), em Rio Branco, e representantes de Associações de agricultores familiares que possam participar do fornecimento de alimentos.
Atualmente, a empresa quer fechar mais contratos de fornecimento com produtores locais e aproveitou o contato com a Sepa para estreitar essas relações que podem beneficiar cerca de 340 famílias produtoras diretamente com a compra de alimentos, além de quatro vezes mais esse número indiretamente.
Segundo o secretário de Produção e Agronegócio, Edivan Azevedo: “Estamos usando a expertise da nossa Secretaria para ajudar a empresa que precisa fechar mais contratos. São acordos em que todos saem ganhando. A produção rural não tem parado mesmo durante a pandemia e o governo tem se esforçado para dar oportunidades principalmente ao pequeno agricultor nesse período difícil”.
Só em Rio Branco, a empresa de fornecimento serve 8.200 refeições diariamente nas unidades do Iapen. A nutricionista Nayara Arruda conta que a empresa já está preparada para fazer os contratos de fornecimento com as associações, e que ter essa orientação do governo para conhecer os produtores que estejam aptos a participar é um grande benefício.
“Precisamos hoje de fornecedores, produtos de qualidade e que tenham nota fiscal para realizar todos os processos legalmente. Estamos buscando principalmente tubérculos, entre abóboras e vegetais, agricultores que possam nos atender entregando direto na unidade”, explica a nutricionista.
Para os presidentes de associações e produtores, essa tem sido mais uma oportunidade de melhorar a renda principalmente neste período de crise causada pela pandemia. Presente na reunião, Elida Guimarães, presidente da Associação do Polo da Pimenta, destacou como esses contratos ajudam os pequenos produtores da agricultura familiar.
“Essa venda vem numa boa hora, porque, por causa da pandemia, nós estamos sem as feiras livres. E com essa dificuldade piorou muito nossa renda. Antes, a gente vinha cinco vezes por semana fazer vendas em Rio Branco e agora não podemos fazer. Não estamos passando fome, mas algumas necessidades. E essa venda veio na hora certa, porque a gente tava precisando”, conta a senhora com longa experiência no campo.