“É uma pessoa que tinha uma luz diferente, tanto que a morte dele está sendo uma comoção. A marca registrada é o sorriso”. É assim que Dani Moura define o irmão Danilo Moura, de 41 anos. O enfermeiro morreu na madrugada deste sábado (18) vítima de Covid-19.
“É uma pessoa que tinha uma luz diferente, tanto que a morte dele está sendo uma comoção. A marca registrada é o sorriso”. É assim que Dani Moura define o irmão Danilo Moura, de 41 anos. O enfermeiro morreu na madrugada deste sábado (18) vítima de Covid-19.
Logo pela manhã, vários amigos usaram as redes sociais para lamentar a morte do profissional. Segundo a família, ele sempre gostou de cuidar de todos e foi essa característica forte que o fez trilhar o caminho na área da saúde. Ele era alegre e extremamente apaixonado pela profissão.
Atualmente, atuava no Instituto de Traumatologia do Acre (Into-AC) – unidade de referência no tratamento de Covid-19 – e também na Prontoclínica. Foi fazendo o que mais amava que ficou exposto à doença, como tanto outros profissionais da linha de frente desse combate.
A família conta que ele era saudável, tinha um problema renal, mas não era grave. No dia 1º, ele foi internado na Prontoclínica, mas no dia 5 precisou ir para a UTI do Santa Juliana, onde morreu neste sábado.
Um baque para a família, que mantinha esperança de tê-lo de volta em casa para cuidar de todos, como ele gostava, ou quem sabe preparar uma boa comida, já que também amava cozinhar.
“A enfermagem foi o sonho dele. Quando alguém da família estava doente, ele sempre cuidou, não só da família, de todo mundo e, por isso, ele é um profissional muito bem falado”, conta a irmã.
Durante todo o período de internação, a família diz que se manteve firme e acreditando na recuperação do enfermeiro.
“Os médicos sempre falavam que o estado era grave, mas que ele era jovem e que a gente tinha que ter esperança. Foi bem acompanhado, bem assistido, não faltou nada.”
Dos três irmãos, ele era o do meio. Dani diz que a vida inteira ele também se dedicou aos pais, por quem fazia tudo. Agora, eles tentam entender a partida precoce do filho e aplacar a dor de enterrá-lo sem ao menos uma despedida.
“Está sendo difícil. Muito ruim. Ele era uma pessoa muito solidária mesmo, ajudava quem conhecia, quem não conhecia, fazia de tudo pelos pais. Prendado, feliz e cozinhava muito bem”, diz a irmã emocionada.
O Conselho Regional de Enfermagem no Acre (Coren-AC) publicou nota de pesar. “Prestamos nossa homenagem a este profissional que exerceu a enfermagem em nosso estado com honra, ética e respeito.”
O Observatório da Enfermagem, divulgado pelo Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), aponta que no Acre havia sete mortes de profissionais da categoria, a de Danilo seria a oitava. O levantamento mostra ainda que há 609 enfermeiros diagnosticados com Covid-19 no estado.
Ao G1, a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) informou que a morte do enfermeiro não deve constar nesse boletim de sábado, mas no dos próximos dias porque precisa aguardar a equipe do Santa Juliana passar toda a documentação.