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Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais reforça os cuidados que a população deve adotar

Vacina contra hepatite A e B já fazem parte do calendário de vacinação das crianças pelo SUS Foto: Odair Leal/Secom.

 


As hepatites virais são responsáveis por mais de 1 milhão de mortes por ano. Assim, em 2017, o Brasil anunciou um Plano Nacional para eliminar a hepatite C e, conforme os dados do Ministério da Saúde até 2030 a infecção não será mais uma ameaça à saúde pública.


Nesse sentido, o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais é celebrado em 28 de julho. A hepatite é uma das doenças mais antigas do mundo. Os surtos de icterícia, ou seja, uma coloração amarela da pele e olhos, pode ser um indicativo de complicações no fígado, decorrente de uma inflamação no órgão, característica que já era relatada na Babilônia há mais de 2.500 anos, segundo estudo do especialista em Hepatologia, José Ferraz da Fonseca, que já atuou como professor pesquisador Adjunto da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, a disposição da Fundação de Vigilância Epidemiológica.


Armazenar, produzir e filtrar são as características básicas do maior órgão do corpo humano, o fígado. No entanto, quando esse órgão não funciona normalmente, algumas doenças podem estar associadas à ascite, barriga d’água, cirrose hepática e encefalopatia hepática, que são o avanço da doença. Diante disso, os tipos mais comuns são: hepatite A e E, vírus transmitidos pelo contato com a água e alimentos contaminados; hepatite B e D, transmitidas pelo contato sexual; e a hepatite C, transmitida pelo sangue e agulhas contaminadas. Todas são identificadas por meio do diagnóstico clínico que pode ser feito na rede pública de saúde.


Nessa perspectiva, inúmeras pessoas infectadas pelo vírus da hepatite B e D não apresentam sintomas. Esse fator é preocupante, já que a maioria dos indivíduos exprime alguma rejeição na busca por consulta, acompanhamento e tratamento de quaisquer complicações de saúde, inclusive, aquelas que derivam de contágio por infecções sexualmente transmissíveis. Com efeito, um agravante na condição do paciente com hepatite é o hábito de consumir bebida alcoólica, o que pode aumentar as lesões no fígado e acelerar um possível câncer, por isso é importante que as pessoas estejam atentas aos sinais do corpo humano ou a falta deles.


Portanto, quando o órgão não consegue mais realizar as funções básicas, a solução é o transplante. Esse procedimento é mais utilizado quando o paciente apresenta o quadro de cirrose hepática. Logo, para a cirurgia acontecer devem ser seguidos protocolos rigorosos em relação ao tempo de isquemia, isto é, a retirada do órgão para ser submetida a um doador, o que não pode ultrapassar 12 horas, entre outros cuidados para a segurança do paciente receptor do fígado.


Formas de prevenção

Em Rio Branco, a instituição responsável pelo tratamento das hepatites virais é a Fundação Hospitalar do Acre, que possui o Serviço de Assistência Especializado (SAE), que somente em 2019 atendeu mais de 57 mil pessoas.


A vacina contra hepatite A e B já fazem parte do calendário de vacinação das crianças pelo Sistema Único de Saúde. Em casos especiais, o médico pode solicitar uma nova dose, principalmente quando o sistema imunológico está comprometido.


Não existe vacina contra hepatite C, por isso, há a necessidade de ainda mais cuidado com a prevenção, tomando algumas medidas:


– Evite compartilhamento de seringas, agulhas, lâminas de barbear e alicates de unha para não haver contágio por sangue.


– Utilize preservativo, pois é uma infecção sexualmente transmissível.


– A transmissão também pode acontecer durante a gravidez e o parto, sendo necessário incluir doses extras de vacinas e imunoglobulina nas 12 primeiras horas de vida do bebê.


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